Mas sim, hoje eu trouxe um assunto bem rapidinho mas que é bastante importante. Tem um "50 em 5" dele lá no Insta, desenhadinho, porque facilita bastantes. Espero que seja útil e que vocês gostem. Um beijão e bons estudos.
Chega ao fim - depois
de longos 10 anos de guilhotina, sangue e traições - a Revolução Francesa; com o Golpe do 18
Brumário. Marcando assim, o início da Era Napoleônica.
Esse período é divido
em três partes, são elas:
1-
Consulado (1799-1804);
2-
Império (1804-1815);
3-
Governo dos Cem Dias.
Ø Consulado:
Napoleão
Bonaparte já era uma figura conhecida por ser general do exército francês desde
seus 24 anos.
Com o
Consulado, três cônsules partilhavam o poder. Porém, Napoleão já o
“monopolizava”.
Assim,
entrou em vigor uma nova Constituição e com ela, Napoleão tornou-se o primeiro
cônsul francês. E então, estabeleceu-se um governo que objetivava favorecer os
interesses burgueses.
A
primeira meta a ser batida pelo Consulado era eliminar a Segunda Coligação
(Grã-Bretanha, Áustria e Rússia) que tentava derrubar o regime
revolucionário.
Consequentemente
a isso, em 1800, a Áustria foi derrotada na Batalha de Marengo. Em 1802,
a Grã-Bretanha e a França decidiram dar uma trégua na guerra, assinando a Paz
de Amiens.
Além
disso, Napoleão também tomou outras medidas durante esse período:
·
Criação do Banco da França- com o intuito de controlar a crise
financeira;
·
Criou tarifas alfandegárias que
bloqueavam a importação de manufaturas-
dando apoio ao desenvolvimento de fábricas. Era o início da Revolução
Industrial na França;
·
Censura da Imprensa;
·
Código Civil Napoleônico (que favorecia a burguesia francesa):
® Casamento civil;
® Propriedade privada;
® Liberdade individual;
® Igualdade de todos perante a lei;
® Reforma Agrária.
Com
a criação do Código Napoleônico ele tinha o intuito principal de satisfazer a
burguesia, contudo, acabou agradando aos vários setores da sociedade, inclusive
o povo.
Fortalecido
socialmente, em 1804, por meio de um plebiscito, tornou-se Imperador.
Ø Império:
Na
coroação de imperador, Napoleão chegou a se auto coroar – tirando a coroa das
mãos do Papa Pio VII -, mostrando o quanto ele se achava superior aos poderes
religiosos.
Com o
novo imperador no poder, alguns países ficaram receosos com ao temor que
Bonaparte representava, principalmente a Inglaterra.
Os
ingleses temiam a concorrência da França no mercado consumidor europeu e o
poder da Revolução Francesa, que poderia fazer florescer, novamente, a vontade
no povo britânico de alterar os rumos da Revolução Gloriosa.
Para o
imperador, o único caminho para consolidar seus objetivos era o expansionismo
econômico e territorial, pois seria por meio deles que conquistaria os mercados
consumidores mais importantes.
E aos
poucos ele mudava o mapa europeu, exibindo seu poder com as grandes conquistas
territoriais.
Mesmo
assim, a Inglaterra continuava sendo uma pedra no sapato dos franceses. Nada
parecia abalar o poder britânico. Em 1805, o imperador tentou invadir a Inglaterra
e acabou sendo derrotado pela marinha inglesa na Batalha de Trafalgar.
Foi
então que Napoleão, em 1806, decretou o Bloqueio Continental. Porém, ele
não conseguiu atingir seu alvo principal, uma vez que Portugal e Rússia
burlaram o Bloqueio.
“Da mesma forma como ascendeu
meteoricamente, Napoleão igualmente caiu. ”. E
o fracasso do embargo comercial com a Inglaterra já seria um fator suficiente
para sua queda.
Ademais,
o grande imperador não poderia cruzar os braços para os dois países que
afrontaram seu poder. Invadiu Portugal, quando sua nobreza parasitária já tinha
fugido para o Brasil com o apoio inglês. Além disso, arrastou seu exército para
tentar vencer a resistência russa, entretanto, foi surpreendido pela tática da terra arrasada; que deixou as
tropas napoleônicas sem mantimento, com frio e sem abrigo. Assim sendo, devido
ao rigoroso inverno russo e a estratégia adotada, grande parte do exército
morreu.
O
enfraquecimento das tropas napoleônicas deu margem para a formação da última
coligação dos países europeus (Prússia, Áustria, Rússia e Grã-Bretanha) que
venceu o império francês na Batalha de Leipzig (Batalha das Nações).
Em
1814, Napoleão assinou o Tratado de Fontainebleau, abdicando seu trono.
E então, partindo para o exílio na Ilha de Elba.
Ø Governo
dos Cem Dias:
Mesmo
exilado, Napoleão acompanhou atentamente os rumos que a França tomava. Ao
perceber o descontentamento do povo com o governo de Luís XVIII, Bonaparte
resolveu voltar à sua terra.
Assim,
voltou à Paris. Ao saber disso, o atual rei fugiu para a Bélgica e então, o
antigo imperador, iniciou o Governo dos Cem Dias.
Todavia,
mais uma vez a sua ambição de tornar a França o centro europeu, recaiu sobre a
Inglaterra.
Então,
em 1815, travou-se a Batalha de Wanterloo, na qual Napoleão foi derrotado.
Feito
prisioneiro, partiu para seu segundo exílio, na Ilha de Santa Helena, de onde
não retornou vivo.
E
então, morreu ali, mas nunca morrerá na História, nem na Política e muito
menos, nos estudos que são norteados por seus pensamentos e estratégias. Morreu
Napoleão Bonaparte, que jamais será esquecido pelos franceses e pelo resto do
mundo. Morreu o Imperador que se auto coroou e mostrou para o mundo o seu poder
e sua fantástica capacidade de articular estratégias. Morreu o preso e exilado
que tentou de todas as formas possíveis, satisfazer a um povo que o colocou no
poder e ao mesmo povo que o tirou do poder. Morreu naquela Ilha, mas nunca, nos
livros e nas entrelinhas de quem for se aventurar pela História Geral.
Ø O
Congresso de Viena (1814-1815):
Surgiu
com o objetivo de arrumar a bagunça e limpar a poeira deixada na Era
Napoleônica. Como? Redesenhar o mapa europeu. Ou seja, devolver todas as terras
conquistadas pela França para seus devidos donos.
Foi
realizado na capital austríaca, liderado pelas potências europeias da época. Os
líderes conservadores compunham o que ficou conhecido como Comitê dos Quatro,
formado pela Inglaterra, Prússia, Áustria, Rússia e a França como convidada.
Para
alcançar o objetivo principal, era necessário organizar um sistema para isso.
Foi então que nasceram duas vertentes ideológicas:
·
Princípio da Legitimidade- cada reino europeu só poderia ser
governado pelo seu “legítimo proprietário”.
·
Princípio da Restauração- tronos e reinos conquistados durante a
Era Napoleônica, teria de ser devolvido ao seu “legítimo proprietário”, restaurando
a antiga conjuntura. Como, por exemplo, a restauração da Dinastia Bourbon, com
Luís XVIII.
·
Princípio da Intervenção- continha os movimentos contrários ao
absolutismo, que contestassem o monarca. Para intervir diretamente, foi criada
a Santa Aliaça. Exército formado pela Rússia, Áustria e Prússia.