Opa galera, só alegria? Hoje, trouxe um pouquinho de História do Brasil para vocês. Vamos falar sobre A Queda do Império Brasileiro, que ocorreu no século XIX. O post está completinho e espero, de verdade, que seja bastante útil para vocês. Ainda essa semana sairá revisão sobre a Instalação da Primeira República. Tudo foi feito com muito carinho. Espero que gostem e qualquer dúvidas podem deixar nos comentários ou nas redes sociais:
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ª Brasil século XIX: a queda do Império:.
§ O Desgaste com a Guerra do Paraguai:.
A
Guerra do Paraguai foi uma campanha muito dura para o Império Brasileiro. O
Império precisou, ao longo do conflito, organizar uma força militar que o país
não tinha.
O
Brasil venceu, mas perdeu duas de suas principais bases de sustentação: classe
média e o escravismo.
A
classe média estava influenciada pelas ideias republicanas e afastou-se do
governo.
A
economia escravista perdeu as forças com o crescimento do movimento
abolicionista.
§ A Crise do Escravismo:.
A
economia agrária desenvolvia-se no Brasil e as atividades manufatureiras
desenvolviam-se na Europa (Inglaterra e Holanda). Ao amentarem o acúmulo de
riquezas, esses países (Inglaterra e Holanda), passaram a controlar as
principais vias de comércio mundial, ou seja, a economia brasileira ficava dependente
de interesses estrangeiros. Esse quadro permaneceu mesmo após a Proclamação da
Independência.
Durante
a segunda metade do século XIX, ocorreram mudanças na economia mundial, em
decorrência a Segunda Revolução Industrial, que seguiu-se de:
·
Grande aumento
nos negócios internacionais;
·
Busca dos
países industriais, pela expansão do mercado consumidor de seus produtos.
Os capitais ingleses, na qual o
Brasil tinha profundas ligações, participava das melhorias nas condições de
transporte, garantia de livre circulação de mercadorias, crescimento das
cidades e nos empréstimos aos fazendeiros.
A Inglaterra apoiava o fim da escravidão,
pois estava interessada na África, interessada em expandir seu comércio. Pressionava
o Brasil e Portugal a abolir a escravidão.
Em 1845, o parlamento
inglês aprovou a Lei de Bill Aberdeen, que permitia aos navios de guerra,
abordarem e aprisionarem navios negreiros. Essa lei não foi eficaz no Brasil.
Mas o Império, constantemente pressionado, decretou, em 1850, a Lei Euzébio de
Queirós, que impedia o tráfico negreiro no Brasil.
Os cafeicultores do
sudeste conseguiram compensar a queda de oferta de mão de obra com o comércio
interno de escravos. A solução foi parcial e não resolveu o problema. Havia a
possibilidade de incentivar a chegada de imigrantes europeus.
A queda de oferta de mão
de obra escrava foi uma das principais causas da queda do Império, já que,
aumentou a violência contra os trabalhadores e a expansão de revoltas
escravistas.
A situação complicou-se
quando o Brasil participou da Guerra do Paraguai. Nesse conflito, o Brasil usou
uma grande quantidade de escravos, que foram prometidos de liberdades e terras.
Ao final dos embates, os escravos esperavam liberdade e os fazendeiros
indenizações, nenhuma foi cumprida, resultando no aumento das revoltas e no
rompimento de parte da elite com relação ao Estado.
Em 1871, surgiu a Lei do Ventre Livre, que obrigava o
fazendeiro a liberar os filhos das escravas nascidos nas senzalas. Era apenas
uma liberdade provisória. A lei não foi eficaz, pois, o recém-liberado deveria
ficar sob tutela do proprietário de sua mãe até adquirir a maioridade.
O tempo passando, a
escravidão caindo, o fluxo de imigrantes aumentando e iniciando, principalmente
no sudeste, os movimentos pelo abolicionismo.
Em 1885, foi decretada a Lei dos Sexagenários, que liberava os
escravos com mais de 60 anos. Além de impopular, a lei, também, não foi eficaz,
pois raramente o escravo conseguia alcançar essa idade e quando alcançavam eram
tidos por seus companheiros.
O tempo passando e
aumentando os protestos das elites as revoltas dos escravos...
Em 1888, a princesa
Isabel, decretou a Lei Áurea e
oficializou o fim da escravidão no Brasil.
§ Republicanismo e positivismo no Brasil:.
Reorganização
da economia mundial, a crise do escravismo e a intensificação das desavenças
entra a elite, levaram à criação de propostas políticas que propunham mudanças
no tipo de governo atuante no Brasil.
A
Guerra do Paraguai causou muito desgaste político para o governo. O Paraguai
acabou a guerra sendo defendido por tropas de crianças e mulheres, o que gerou
uma onda de críticas ao governo.
Militares
também não estavam satisfeitos com o resultado da Guerra do Paraguai, pois
foram responsabilizados pelas atrocidades cometidas.
Em
meio a isso, começou a ganhar força no interior do exército, o positivismo.
Esse
movimento foi criado na Europa pelo filósofo Augusto Comte. Influenciado pelo
iluminismo e afirmava que: “só era
possível compreender o mundo a partir da ideia de progresso”.
O
progresso consistia na eliminação de qualquer base não cinetífica do pensamento
humano.
A
interpretação de Benjemim Constant fez com que os grupos socais que estavam
descontentes com o Império defendessem os ideais republicanos.
Para
os positivistas brasileiros, a união do Estado com a Igreja, presente no
Império, era um obstáculo para a instalação de um regime político.
O Republicanismo deveu
muito ao Positivismo.
§ A Questão Religiosa:.
No
processo de independência, o Brasil manteve a Monarquia como regime de governo
e as funções político-administrativas era dada ao Imperador.
Em
1872, ocorreu um profundo estremecimento entre o imperador e os líderes
religiosos. Tudo aconteceu por causa da interferência de
D.
Pedro II na luta do Bispo do Rio de Janeiro contra a Maçonaria no interior da
igreja brasileira.
Era
uma organização fechada que se dedicava a reuniões e discussões sempre com
grande influência do pensamento científico. Atraía membros da Igreja. A
Maçonaria foi proibida em 1864 na Bula
Syllabus.
“Portanto, foi um
“conflito” entre a Igreja, o Imperador e a Maçonaria; quando a Maçonaria
convocou padres para celebrar uma missa para o Imperador, o que não podia
acontecer, o Imperador “forçou” os padres, mas eles tinham que obedecer ao
Papa, isso criou uma intolerância entre a Igreja em relação ao Império, com
isso, o Império perdeu aliados, pois a partir disso, a Igreja começou a apoiar
os ideais Republicanos”.
§ A Questão Militar:.
Entre
os grupos que aderiram ao republicanismo estavam os militares. O exército
brasileiro nasceu, de uma forma organizada e profissional, após a Guerra do
Paraguai.
Benjamin
Constant, principal nome do positivismo brasileiro, defendia que o Brasil fosse
governado por uma ditadura republicana. Constant influenciou profundamente as
elites militares que derrubaram o Império.
Em
1883, série de desentendimentos entre o governo e os militares, marcaram a
ruptura dos militares com o Estado. Esses conflitos foram essenciais para a
derrubada da Monarquia.
O
abolicionismo foi o principal elemento para união de militares e cafeicultores,
já que os cafeicultores defendiam as causas republicanas com a ideia de
instalação de um federalismo.
Na
defesa de suas ideias, os militares começaram a publicar artigos na imprensa do
Rio de Janeiro e de outras províncias. O governo imperial censurou suas
opiniões e proibiu os militares de manifestarem por meio de periódicos suas
opiniões.
Em
1883, Senna Madureira, amigo do imperador, convidou jangadeiros para visitar a
escola de Tito do Rio de Janeiro, o que gerou punição por parte do governo com
sua transferência para o Rio Grande do Sul.
Esses
acontecimentos levaram parte dos militares a fundarem o Clube Militar, elegendo
Deodoro da Fonseca seu presidente.
O
empasse permaneceu quando Deodoro solicitou ao Ministro da Guerra que os
militares não fossem obrigados a capturar os escravos fugidos
A
tensão entre governo imperial, militares e republicanos chegou ao auge quando o
imperador, convidou Visconde de Ouro Preto para conduzir reformas políticas que
acalmassem o país e assegurassem o seu governo.
Em
1886, os alunos da Escola Militar aproximaram-se de Deodoro e passaram a
conspirar contra o regime imperial.
O
Marechal relutou, mas o Império já perdera quase toda sua base de sustentação
política. Outro fato que pesou na decisão de Deodoro foi a fraca saúde do
imperador que, não tinha nenhum herdeiro masculino. Essa situação causava temor
na população, pois o possível sucessor seria o conde D’Eu, que era uma figura
bastante impopular.
A
incapacidade de reação do Império e do caos político-administrativo que se
instalara, o Marechal Deodoro da Fonseca, no dia 15 de novembro de 1889,
liderou uma tropa em direção ao prédio da administração imperial para destruir
o visconde de Ouro Preto.