segunda-feira, 7 de março de 2016

Revisão de História- A queda do Império

Opa galera, só alegria? Hoje, trouxe um pouquinho de História do Brasil para vocês. Vamos falar sobre A Queda do Império Brasileiro, que ocorreu no século XIX. O post está completinho e espero, de verdade, que seja bastante útil para vocês. Ainda essa semana sairá revisão sobre a Instalação da Primeira República. Tudo foi feito com muito carinho. Espero que gostem e qualquer dúvidas podem deixar nos comentários ou nas redes sociais: 
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ª    Brasil século XIX: a queda do Império:.
§     O Desgaste com a Guerra do Paraguai:.
A Guerra do Paraguai foi uma campanha muito dura para o Império Brasileiro. O Império precisou, ao longo do conflito, organizar uma força militar que o país não tinha.
O Brasil venceu, mas perdeu duas de suas principais bases de sustentação: classe média e o escravismo.
A classe média estava influenciada pelas ideias republicanas e afastou-se do governo.
A economia escravista perdeu as forças com o crescimento do movimento abolicionista.
§     A Crise do Escravismo:.
A economia agrária desenvolvia-se no Brasil e as atividades manufatureiras desenvolviam-se na Europa (Inglaterra e Holanda). Ao amentarem o acúmulo de riquezas, esses países (Inglaterra e Holanda), passaram a controlar as principais vias de comércio mundial, ou seja, a economia brasileira ficava dependente de interesses estrangeiros. Esse quadro permaneceu mesmo após a Proclamação da Independência.
Durante a segunda metade do século XIX, ocorreram mudanças na economia mundial, em decorrência a Segunda Revolução Industrial, que seguiu-se de:
·         Grande aumento nos negócios internacionais;
·         Busca dos países industriais, pela expansão do mercado consumidor de seus produtos.
   Os capitais ingleses, na qual o Brasil tinha profundas ligações, participava das melhorias nas condições de transporte, garantia de livre circulação de mercadorias, crescimento das cidades e nos empréstimos aos fazendeiros.
     A Inglaterra apoiava o fim da escravidão, pois estava interessada na África, interessada em expandir seu comércio. Pressionava o Brasil e Portugal a abolir a escravidão.
Em 1845, o parlamento inglês aprovou a Lei de Bill Aberdeen, que permitia aos navios de guerra, abordarem e aprisionarem navios negreiros. Essa lei não foi eficaz no Brasil. Mas o Império, constantemente pressionado, decretou, em 1850, a Lei Euzébio de Queirós, que impedia o tráfico negreiro no Brasil.
Os cafeicultores do sudeste conseguiram compensar a queda de oferta de mão de obra com o comércio interno de escravos. A solução foi parcial e não resolveu o problema. Havia a possibilidade de incentivar a chegada de imigrantes europeus.
A queda de oferta de mão de obra escrava foi uma das principais causas da queda do Império, já que, aumentou a violência contra os trabalhadores e a expansão de revoltas escravistas.
A situação complicou-se quando o Brasil participou da Guerra do Paraguai. Nesse conflito, o Brasil usou uma grande quantidade de escravos, que foram prometidos de liberdades e terras. Ao final dos embates, os escravos esperavam liberdade e os fazendeiros indenizações, nenhuma foi cumprida, resultando no aumento das revoltas e no rompimento de parte da elite com relação ao Estado.
Em 1871, surgiu a Lei do Ventre Livre, que obrigava o fazendeiro a liberar os filhos das escravas nascidos nas senzalas. Era apenas uma liberdade provisória. A lei não foi eficaz, pois, o recém-liberado deveria ficar sob tutela do proprietário de sua mãe até adquirir a maioridade.  
O tempo passando, a escravidão caindo, o fluxo de imigrantes aumentando e iniciando, principalmente no sudeste, os movimentos pelo abolicionismo.
Em 1885, foi decretada a Lei dos Sexagenários, que liberava os escravos com mais de 60 anos. Além de impopular, a lei, também, não foi eficaz, pois raramente o escravo conseguia alcançar essa idade e quando alcançavam eram tidos por seus companheiros.
O tempo passando e aumentando os protestos das elites as revoltas dos escravos...
Em 1888, a princesa Isabel, decretou a Lei Áurea e oficializou o fim da escravidão no Brasil.



§     Republicanismo e positivismo no Brasil:.
Reorganização da economia mundial, a crise do escravismo e a intensificação das desavenças entra a elite, levaram à criação de propostas políticas que propunham mudanças no tipo de governo atuante no Brasil.
A Guerra do Paraguai causou muito desgaste político para o governo. O Paraguai acabou a guerra sendo defendido por tropas de crianças e mulheres, o que gerou uma onda de críticas ao governo.
Militares também não estavam satisfeitos com o resultado da Guerra do Paraguai, pois foram responsabilizados pelas atrocidades cometidas.
Em meio a isso, começou a ganhar força no interior do exército, o positivismo. 
Esse movimento foi criado na Europa pelo filósofo Augusto Comte. Influenciado pelo iluminismo e afirmava que: “só era possível compreender o mundo a partir da ideia de progresso”.
O progresso consistia na eliminação de qualquer base não cinetífica do pensamento humano.
A interpretação de Benjemim Constant fez com que os grupos socais que estavam descontentes com o Império defendessem os ideais republicanos.
Para os positivistas brasileiros, a união do Estado com a Igreja, presente no Império, era um obstáculo para a instalação de um regime político.
O Republicanismo deveu muito ao Positivismo.

§     A Questão Religiosa:.
No processo de independência, o Brasil manteve a Monarquia como regime de governo e as funções político-administrativas era dada ao Imperador.
Em 1872, ocorreu um profundo estremecimento entre o imperador e os líderes religiosos. Tudo aconteceu por causa da interferência de    
D. Pedro II na luta do Bispo do Rio de Janeiro contra a Maçonaria no interior da igreja brasileira.
Era uma organização fechada que se dedicava a reuniões e discussões sempre com grande influência do pensamento científico. Atraía membros da Igreja. A Maçonaria foi proibida em 1864 na Bula Syllabus.
“Portanto, foi um “conflito” entre a Igreja, o Imperador e a Maçonaria; quando a Maçonaria convocou padres para celebrar uma missa para o Imperador, o que não podia acontecer, o Imperador “forçou” os padres, mas eles tinham que obedecer ao Papa, isso criou uma intolerância entre a Igreja em relação ao Império, com isso, o Império perdeu aliados, pois a partir disso, a Igreja começou a apoiar os ideais Republicanos”.

§     A Questão Militar:.
Entre os grupos que aderiram ao republicanismo estavam os militares. O exército brasileiro nasceu, de uma forma organizada e profissional, após a Guerra do Paraguai.
Benjamin Constant, principal nome do positivismo brasileiro, defendia que o Brasil fosse governado por uma ditadura republicana. Constant influenciou profundamente as elites militares que derrubaram o Império.
Em 1883, série de desentendimentos entre o governo e os militares, marcaram a ruptura dos militares com o Estado. Esses conflitos foram essenciais para a derrubada da Monarquia.
O abolicionismo foi o principal elemento para união de militares e cafeicultores, já que os cafeicultores defendiam as causas republicanas com a ideia de instalação de um federalismo.
Na defesa de suas ideias, os militares começaram a publicar artigos na imprensa do Rio de Janeiro e de outras províncias. O governo imperial censurou suas opiniões e proibiu os militares de manifestarem por meio de periódicos suas opiniões.
Em 1883, Senna Madureira, amigo do imperador, convidou jangadeiros para visitar a escola de Tito do Rio de Janeiro, o que gerou punição por parte do governo com sua transferência para o Rio Grande do Sul.
Esses acontecimentos levaram parte dos militares a fundarem o Clube Militar, elegendo Deodoro da Fonseca seu presidente.
O empasse permaneceu quando Deodoro solicitou ao Ministro da Guerra que os militares não fossem obrigados a capturar os escravos fugidos
A tensão entre governo imperial, militares e republicanos chegou ao auge quando o imperador, convidou Visconde de Ouro Preto para conduzir reformas políticas que acalmassem o país e assegurassem o seu governo.
Em 1886, os alunos da Escola Militar aproximaram-se de Deodoro e passaram a conspirar contra o regime imperial.
O Marechal relutou, mas o Império já perdera quase toda sua base de sustentação política. Outro fato que pesou na decisão de Deodoro foi a fraca saúde do imperador que, não tinha nenhum herdeiro masculino. Essa situação causava temor na população, pois o possível sucessor seria o conde D’Eu, que era uma figura bastante impopular.
A incapacidade de reação do Império e do caos político-administrativo que se instalara, o Marechal Deodoro da Fonseca, no dia 15 de novembro de 1889, liderou uma tropa em direção ao prédio da administração imperial para destruir o visconde de Ouro Preto. 



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