ª Missões Bandeirantes:
Hoje
em dia, o Brasil ocupa a quinta posição entre os países com maior território.
Contudo, nem sempre foi assim.
Os
Bandeirantes foram os principais responsáveis pelo processo de interiorização e
expansão do território brasileiro. “Eram piratas do sertão”.
Na
época em que os holandeses aqui estavam, especialmente na região Nordeste, o
Sul e Sudeste ficaram “esquecidos”. Por exemplo, mão-de-obra escrava chegava ao
Nordeste, mas não a essas outras duas regiões.
Assim,
têm que pensar em uma solução para o problema. Pensam, então, em buscar
mão-de-obra no interior do Brasil. Organizam-se, principalmente os habitantes
de São Vicente, e vão em busca de mão-de-obra indígena – estes, estavam
organizados nas Missões Jesuítas – além de procurarem, também, por riquezas.
Com
os Bandeirantes, surge o “apresamento indígena”.
Apesar
disso, alguns índios tornam-se aliados dos Bandeirantes na expansão do
território.
Agora
não era somente o litoral brasileiro que era conhecido e desbravado; o interior
começava a ser também.
Nem
tudo é doce para sempre.
A
produção açucareira tinha perdido força. Até porque tínhamos que concorrer com
o açúcar antilhano, que era mais barato e tinha boa qualidade.
No
contexto dos Bandeirantes e da busca por novas riquezas no interior brasileiro,
no fim do século XVII, no atual estado de Minas Gerais, foi encontrado o que os
portugueses mais desejavam: reservas auríferas.
A
descoberta de ouro no Brasil seria a solução para os problemas enfrentados por
Portugal e a partir daí, inicia-se fortes investimentos nessa nova forma de
lucro, dando início ao Ciclo do Ouro.
A
corrida do ouro brasileira revolucionou o mundo.
ª Período/ Era Pombalino(a)-
(1750-1777):
Marquês
de Pombal foi ministro do rei José I, em Portugal, e desde aquela época já se
mostrava atuante.
Conhecido
como “Déspota esclarecido” conseguiu ‘salvar’ Portugal dos enfrentamentos
impiedosos das potências europeias.
Também
aperfeiçoou o Mercantilismo português.
Incomodado
com a forte influência do Clero sob o Estado, o Marquês pôs em prática um
projeto de regalias.
Em
1759, os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias.
No
mesmo ano, Pombal também extinguiu as Capitanias Hereditárias.
Em
1760, instituiu a derrama.
Em
1763, transferiu a capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
ª Revoltas Nativistas (1640-1720):
1- Aclamação
de Amador Bueno (SP- 1641):
Portugal
enfrentava sérios problemas e em 1640, deu fim à União Ibérica. Contudo, estava
mergulhado em dívidas e para tentar resolvê-las, passou a extrair o máximo de
lucro que conseguisse das terras brasileiras.
É
em 1640, em São Paulo, com o povo apreensivo - pois quando Portugal estava sob
domínio da Espanha, a escravidão dos indígenas se fez tranquilamente. Além de que,
com a volta dos portugueses, o comércio na Bacia do Prata ficaria mais difícil
- com a ‘volta’ dos portugueses,
‘elegem’ um Bandeirante para tomar a frente quando os portugueses chegassem.
Assim, escolheram Amador Bueno da Ribeira como capitão-mor.
Entretanto,
ele foi nomeado “herói” de forma arbitrária, sem o menor consentimento por
parte dele, que acabou renunciando e fez com que a primeira revolta fosse
frustrada.
2-
Revolta da Cachaça (RJ- 1660):
Entre
1647 e 1649, os portugueses tentaram decretar uma lei de que somente os
escravos ou pernambucanos poderiam tomar cachaça.
Tudo
isso porque os portugueses estavam exportando vinho para o Brasil e se a
cachaça continuasse “livre” para todos, seria uma forte concorrente do vinho.
Por conta disso, proibiu o consumo de cachaça, exceto para escravos e
pernambucanos, impulsionando a compra de vinhos.
Contudo,
em 1654, os holandeses são expulsos e levam consigo o açúcar para as Antilhas,
fazendo com que a nossa produção açucareira caia.
Mas
os brasileiros notaram que a cana-de-açúcar também servia para a produção de
cachaça e assim, começaram a produzi-la, insatisfazendo Portugal.
Por
volta de 1659, os portugueses ateiam fogo nos alambiques. E assim, em 1660,
estoura a Revolta da Cachaça.
Nessa
época, o governador do Rio de Janeiro (Salvador Correia de Sá), em janeiro de
1660, resolve aumentar os impostos e para não causar tanta insatisfação,
liberou a cachaça para os cariocas. Todavia, ele tomou essa medida sem a
autorização do rei. Então, no dia 30 de janeiro, a Companhia de Comércio
Portuguesa intimou o governador.
Nem
todos os cariocas estavam contentes. Alguns senhores de engenho se organizaram
contra essa mudança, queria o fim das tarifas. Até que eles chegaram a
organizar uma tropa para tentar derrubar Salvador Correia.
Ademais,
o governador teve a brilhante ideia de pedir ajuda para Portugal, em 1661.
Portugal, obviamente, ajuda os revoltosos.
Em
1661, Portugal consegue apaziguar os rebeldes, revoga as tarifas e libera a
produção de cachaça, sem o consumo. Mas, iria sim haver consumo, e é aí que
inicia o contrabando.
E,
somente em 1695, Portugal libera o consumo de cachaça.
3-
Conjuração do Nosso Pai (PE- 1666)
Durante
o período colonial, em Pernambuco, era comum comemorar o feriado de “Nosso
Pai”.
Esse
feriado era para ajudar os doentes, mas no ano de 1666, os “doentes” eram os
revoltosos.
Portugal
estava numa sucessão de aumento de impostos, o que causava uma insatisfação,
principalmente nos pernambucanos, que estavam passando por uma crise.
O
governador da época era bastante impopular (Mendonça Furtado- “Chumbrega”).
Esse governador aumentou sua impopularidade quando recebeu e hospedou alguns
franceses.
O
povo, então, se reuniu e usou o feriado como aliado.
Como
nesse dia era comum todo mundo ir para as ruas, todos foram. E no ano de 1666,
os revoltosos – com a participação do governador na festa – aproveitaram para irem
disfarçados.
No
fim do cortejo, com os revoltosos escondidos, esperaram a ordem para que fossem
atrás do governador. Quando conseguiram apreendê-lo, levaram-no para o Forte do
Brum. Esse governador, tempos depois, foi deportado para Portugal, onde tentou
um atentado contra o rei e foi deportado para as Índias.
4-
Revolta
de Beckman (MA- 1684):
Maranhão era, administradamente
falando, “separado do Brasil”. Assim, os maranhenses não tinham um sentimento
nacionalista brasileiro.
Eles enfrentavam sérias dificuldades de
sobrevivência desde 1640.
Por volta de 1680, quando os
portugueses chegaram na região e monopolizaram tudo, se colocando contra à
escravidão indígena, monopolizou o comércio de alimentos, escravos...
encarecendo o preço. Só teria uma única “empresa” para fazer o transporte de
escravos, fornecer comida... e essa “empresa” ficou conhecida como Companhia do
Comércio do Maranhão, que dominava a colônia por volta de 1682.
A vida do maranhense ficou absurdamente
cara, ao ponto que algumas pessoas não tinham condições de alimentação, aumentando
a insatisfação.
Os revoltosos foram muito cautelosos.
Quando o governador saiu de cena, invadiram a Companhia do Comércio do
Maranhão. Eles foram incentivados pelos irmãos Beckman. Os irmãos Beckman
prenderam os jesuítas, tomaram o Corpo da Guarda.
Na virada de 1684-1685, estava tudo sob
controle.
Até que em fevereiro de 1685, os
revoltosos, que outrora tinham invadido a Companhia de Comércio do Maranhão,
organizaram-se numa junta revolucionária, para estabelecer uma nova regra.
Tinham como o objetivo principal o fim da Companhia de Comércio do Maranhão.
Portugal, contudo, convocou Tomás
Beckman que na volta para o Brasil, foi preso. O irmão foi morto, juntamente
com outros líderes.
5-
Revolta dos Emboabas (MG- 1707-1709)
Conflito
entre paulistas e “não-paulistas”.
Os
paulistas descobriram reservas auríferas no atual estado de Minas Gerais e por
conta disso se sentiram no direito de monopolizar a exploração. Ou seja, nenhum
estrangeiro poderia explorar naquela região; e esses estrangeiros receberam o
nome de “emboabas”.
Os
paulistas viam os outros povos como forasteiros e os ‘forasteiros’ viam os
paulistas como um povo sem lei.
Somado
a isso, em momentos muito próximos, ocorreu uma grande imigração.
E
então, começou a ocorrer uma interiorização do território, já que antes da
descoberta do ouro, concentravam-se no litoral. E isso, também promovia
integração regional. Tudo isso em pleno Ciclo do Ouro.
O
objetivo do conflito era óbvio: a busca por ouro, contudo, os paulistas lutavam
pela exclusividade da extração. No fim de 1685, acaba a revolta.
Apoiando
os paulistas, tinham nomes importantes, como Manuel de Borba Gato.
Do
lado dos baianos: Manuel Nunes Viana, um grande comerciante.
E
do lado dos portugueses: os soldados, autoridades e o famoso Bento Coutinho
(responsável pelo fracasso dos paulistas).
-
Muito da expansão territorial é devido aos paulistas, que depois de perder essa
revolta, continuaram em busca de mais ouro.
6-
Revolta
do Sal (SP- 1710)
Naquela época, só tinha um fornecedor
de sal; para São Paulo e Minas Gerais.
Até que uma crise chega, e esse único
fornecedor parou de fornecer sal, por motivos “particulares”.
Bartolomeu Fernandes de Faria (Bartô),
era um fazendeiro paulista que tinha necessidade de alimentar uma grande
quantidade de trabalhadores. Ou seja, ele não estava conseguindo suprir a
necessidade de sua fazenda.
Por volta de 1710, os olhares do Brasil
inteiro estavam voltados para Minas Gerais. Bartô, então, soube aproveitar a
oportunidade.
Quando o governador paulista foi para
Minas Gerais, Bartô, reuniu todas as pessoas que trabalhavam para ele e
decidiram ir no depósito do sal, que ficava em Santos.
No tal dia, Bartô e todos os outros
revoltosos, invadiram o depósito – que segundo o fornecedor, estava vazio – e
acharam sal.
Eles, então, pegaram o sal que acharam
e, inclusive, deixaram dinheiro referente à quantidade que pegaram.
Retornaram à fazendo satisfeitos.
Contudo, em 1711, a polícia rendeu
Bartô, que no trajeto até a prisão, morreu.
7-
Guerra
dos Mascates (PE- 1710-1711):
“Mascates” era o termo pejorativo que
se dava aos comerciantes, geralmente portugueses.
Guerra das Mascates, portanto, foi o
conflito entre comerciantes e fazendeiros, conhecidos como aristocratas.
Os fazendeiros sempre tiveram uma vida
confortável. Entretanto, com um tempo, vão perdendo poder e vão empobrecendo.
Assim, passam a pedir empréstimos aos
comerciantes, que na época, estavam enriquecendo bastante.
Todavia, muitas vezes, não conseguiam
pagar os juros estabelecidos e como não conseguiam quitar as dívidas, davam
suas terras como pagamento.
Além disso, havia uma questão regional.
Os comerciantes já eram mal vistos por serem portugueses e estes, residiam,
geralmente, em Recife. Já os donos de terras, viviam em Olinda, que era uma
vila. Recife ainda não tinha o título de vila, até 1710, quando é reconhecida
como tal. Assim, o comerciante passa a ter mais “poder” e segurança.
Ainda em 1710, os Aristocratas decidem
se reunir e invadir Recife.
Invadem, “tocam o terror” em Recife. O
governador, por sua vez, foge para Salvador.
Mas não iria ficar por isso mesmo.
Em 1711, os aliados dos Mascates,
chegaram em Olinda e lá, incendiaram grandes plantações. O governador Félix,
também apoiou e ajudou a intimidar os fazendeiros.
Contudo, tropas aristocratas acabam
prendendo Bernardo Vieira, que acaba morrendo em Portugal.
8- Revolta Filipe dos Santos ou Revolta
Vila Rica (MG- 1720):
Por volta de 1720, Minas Gerais atraía
olhares ambiciosos de muita gente.
Portugal estava contente por ter ouro
em sua colônia; ademais, apreensivo com a forma que iria adotar para extrair
ouro do interior do Brasil.
O governo português pensou em duas soluções:
·
Fazer
com que algumas “empresas” fossem as únicas a chegar naquela região e assim,
vender seus produtos. Dessa forma, a Coroa teria um controle bastante
eficiente. À essa prática, damos o nome de “fiscalismo”.
·
Implantar
uma ‘casa’ onde teriam que levar todo o ouro coletado e esse ouro seria
fundido, transformado em barra e receberia o carimbo da coroa portuguesa.
E
aí, a população não gostou muito da ideia e é nesse contexto que começa a
mobilização contra as casas de fundição.
Então,
Filipe dos Santos se aliou a Pasqual da Silva, que convocou muita gente,
inclusive Manoel Mosqueira, Manuel Nunes... então, muita gente acabou aderindo
à ideia.
Contudo,
Portugal passou a enviar grandes batalhões para o Brasil e eles ficaram
conhecidos como “Dragões”.
Mas
Filipe dos Santos teve uma ideia: ir para a frente da ouvidoria e lá, gritar.
Conseguiu apenas afugentar o ouvidor. Depois,
seguiu em direção à Câmara Municipal e falou os três objetivos:
1-
Menos
impostos;
2-
Fim do monopólio
do ouro;
3-
Barrar a
construção da casa de fundição.
Contudo,
o povo, mesmo querendo barrar a construção, ficou muito apreensivo por conta
das tropas portuguesas. E então, têm a ideia de conversar com o Conde de
Assumar.
Conde
de Assumar era o responsável pelo Fiscalismo.
Quando
eles foram conversar com ele, ele assentiu e deu sua palavra de que iria barrar
a construção.
Contudo,
dois dias depois, o Conde mandou 1500 homens tomar conta da cidade, tocar fogo
na casa dos líderes. Acabaram prendendo Filipe dos Santos, e o mataram
enforcado e outros líderes também foram presos.
A
casa de fundição começou a funcionar em 1725.
ª Movimentos
Emancipacionistas:
1-
Inconfidência
Mineira (1789):
Foi um movimento - liderado por
intelectuais, comerciantes, clérigos e militares, influenciado por ideais
Iluministas – que pedia, principalmente, o fim do Pacto Colonial. Mas também
pediam a adoção de uma República.
A sociedade mineira estava, cada vez
mais, insatisfeita com o rumo que Portugal estava dando a colônia,
principalmente com a implantação do rigoroso sistema fiscal aplicado na
atividade mineradora.
As autoridades portuguesas estavam
ameaçando os interesses da elite e o principal motivo foi a execução da derrama.
Contudo, um dos participantes – Joaquim
Silvério dos Reis – em troca do perdão com suas dívidas, dedurou o movimento e
seus participantes.
Como o movimento tinha um caráter
elitista, apenas um integrante foi executado: Joaquim José da Silva Xavier
(Tiradentes). Foi condenado à forca e em seguida esquartejado.
Por conta de Tiradentes que a
Inconfidência ficou conhecida, pois nem chegou a acontecer.
2-
Conjuração
Baiana ou Conjuração dos Alfaiates (1798):
Foi uma revolta social, com efetiva
participação popular, diferente do caráter elitista da Inconfidência.
Pediam o fim do Pacto Colonial, a
adoção da República, fim da escravidão e igualdade racial.
Foi influenciada por ideais da
Revolução Francesa.
ª Vinda
da Corte para o Brasil (1808):
Por que a Corte abandonaria seu país e
viria para a Colônia? O que levaria tantas pessoas a abandonar sua vida em
Portugal?
Naquela época, Napoleão pretendia
dominar toda a Europa. Contudo, enfrentava sérias dificuldades com o poder
inglês.
Então, utilizou uma estratégia que iria
derrotar a Inglaterra: o Bloqueio Continental (1806).
Com isso, Portugal se vê no meio de um
grande impasse. Se D. João, naquela época príncipe regente, desrespeitasse o
Bloqueio, a França invadiria Portugal.
Contudo, Portugal tinha fortes alianças
com a Inglaterra e dependia economicamente dos ingleses.
Desse modo, Portugal e Inglaterra
assinaram a Convenção Secreta em 1807, que permitia relações comerciais
entre ambos. E em caso de ataque francês à Portugal, as tropas inglesas
favoreceriam a fuga da Corte para o Brasil.
Napoleão ficou sabendo da Convenção
Secreta e prontamente organizou a retaliação. A França celebrou o Tratado de
Fontainebleau, em 1807, com a Espanha. E de acordo com esse tratado, Portugal
seria ocupado e dividido entre a França e a Espanha.
Então, a Corte portuguesa logo se
prepara para a partida.
E assim, no dia 24 de janeiro de 1808,
quando aquele pedaço flutuante de Portugal pisou em solo brasileiro, uma nova
era para a História do Brasil começou a ser escrita.
Logo no desembarque, o Brasil já
começara a se livrar dos resquícios coloniais. Em breve, seria um reino unido a
Portugal. A seguir, um país independente.
A vinda da Corte significou diversos
avanços.
Trouxe, por exemplo, a independência
econômica – principalmente pela Carta Régia – o que deu fim ao exclusivismo
colonial.
Por volta de 1810, D. João assinou
alguns tratados com os ingleses, o que fez com que os britânicos exportassem
produtos para o Brasil.
Em 1815, Napoleão é derrotado e o
Congresso de Viena surge para poder colocar ordem e limpar a poeira deixada. E
assim, Portugal renova as relações diplomáticas que tinha com a Espanha e
França.
E Portugal também eleva o Brasil ao
patamar de Reino Unido a Portugal.
Além da abertura dos portos às nações
amigas – promovidas pela Carta Régia – muitas outras medidas foram tomadas no
Governo Joanino.
D. João criou:
·
Banco
do Brasil;
·
Museu
Nacional;
·
Jardim
Botânico;
·
Biblioteca
Pública;
·
Instalou
indústrias.
Ø Revolução
Pernambucana (1817):
Em
1817, estoura a Revolução Pernambucana.
Com
a chegada da Corte, a população carente de Pernambuco tinha esperança de um
momento próspero; contudo, os impostos subiram para manter a Corte aqui; o que
causou um descontentamento. Além disso, estavam sob forte influência liberal.
Entretanto,
o que motivou essa revolução foi o fato de que o Governo de Pernambuco prendeu
militares suspeitos de serem revoltosos.
Com
isso, um desses militares, matou o comandante dele, e isso gerou um motim, que
se espalhou por Recife.
O
caos estava instalado. Todavia, os manifestantes que estavam à margem de toda a
situação, acabaram implantando um Governo Provisório, onde queria elaborar uma
Constituição.
Mas
o movimento enfraqueceu e foi reprimido violentamente pela Coroa.
Ø Do
“Dia do Fico” à Independência:
Em
Portugal, a Revolução do Porto, em 1820, estava fervorosa.
Queriam
diminuir o poder da família Bragança, criar uma Constituição e, principalmente,
queriam que O Brasil voltasse a condição de Colônia.
D.
João decide voltar para Portugal e aqui, deixa como príncipe regente, D. Pedro.
Entretanto,
o governo português começou a pressionar D. Pedro para que ele também
retornasse à Portugal.
Mas
D. Pedro recebeu uma representação de mais de 8 mil pessoas do Rio de Janeiro e
todo mundo queria que ele permanecesse.
No
dia 9 de janeiro de 1822, “para o bem de
todos e felicidade geral da nação”, D. Pedro mandou dizer ao povo que ele
aqui ficaria.
Enquanto
a Corte queria que o Brasil voltasse a condição de Colônia, o povo brasileiro
ia ficando insatisfeito.
Assim,
os ideais de emancipação de Portugal começaram a ganhar força, principalmente
no Rio de Janeiro.
Então,
D. Pedro I convocou eleições provinciais para compor uma Assembleia
Constituinte. Isso mostrou que ele realmente estava disposto a enfrentar Portugal
e se emancipar.
Desde aquele ano de 1500, quando os
estrangeiros, pela 1º vez, pisaram em terras brasileiras, a saga de um país
começou a ser escrita.
Passou por diversas mãos e fatos que
queriam entrar para essa história.
Depois de longos 322 anos de submissão
à Corte Portuguesa, D. Pedro I, às margens plácidas do Rio Ipiranga; heroico e
retumbante, rompeu o Pacto Colonial.
No dia 7 de setembro de 1822, o sol, em
raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria naquele instante.
“D. Pedro amava o país. Parecia o homem
certo para torná-lo uma nação independente. Foi justamente o que ele fez.” - Eduardo Bueno.