Opa galera! Como tinha falado, iria postar, ontem, um "50 em 5" do fim do Estado Novo, mas acabei fazendo uma revisão do Brasil na década de 1960 e 1980, ela não está completa, é a parte 1, porque, sabemos que tem que englobar a ditadura, as manifestações populares e isso ainda não está inserido nesta parte. Mas terá uma parte 2, que será postada apenas no próximo mês. Qualquer dúvida aqui nos comentários ou nas minhas redes sociais.
Espero que gostem e que ajude, beijão.
Brasil na década de 1960 a 1980
v O
Governo de Juscelino Kubitschek (pós-Vargas):
A morte de Vargas causou intensa crise
política no Brasil.
Nesse ambiente, realizaram as eleições de
1955. O candidato era Juscelino Kubitschek. Ele saiu vitorioso, governou de
1955 a 1960. O seu vice era João Goulart (Jango). Algumas características do
governo de JK:
·
Período de estabilidade política;
·
Fomentado por ideias entreguistas- crescimento
econômico acelerado;
·
Adotou a política Nacional-desenvolvimentismo (governo investe em infraestrutura);
·
Desenvolvimento em “50 anos em 5”;
·
Incentivo ao capital estrangeiro, auxiliando a
indústria de bens duráveis;
·
Grandes obras públicas (construção de Brasília).
Como todo governo, existem pontos positivos e
pontos negativos, conheça alguns deles:
POSITIVOS: aumento
do parque industrial;
geração de empregos.
NEGATIVOS: êxodo rural;
aumento da
inflação e da dívida externa.
Para cumprir o desafio de “50 em 5” ele criou
um plano com 31 metas -conhecido como Plano
de Metas- que tinha como ‘carro chefe’ o desenvolvimento industrial. Para
isso, ele abre o Brasil para o capital estrangeiro, ou seja, dependência
externa e retorno da inflação. Ele então, cumpre a meta 31, que era a
construção de Brasília, juntamente com Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Com
Brasília pronta, JK reafirma sua disposição de abandonar o “Brasil Velho”,
incorporando a riqueza rural ao mundo industrializado.
Chegam as eleições de 1960 e em janeiro de 1961
assume Jânio Quadros.
v O
Governo de Jânio Quadros:
É eleito presidente em 1961 pelo Partido
Trabalhista Nacional.
O slogan da campanha contava com um jingle
que pedia que uma vassoura varresse a corrupção. O país enfrentava uma inflação
alta e a dívida externa era alarmante. O seu vice era João Goulart.
Durante o governo, Jânio mostra muita
contradição, ele se dizia contra o comunismo mas chegou a honrar Che Guevara.
Na economia, o governo adota uma política muito
conservadora. Cria um projeto que determina imposto de 30% sob produtos
nacionais e estrangeiros. A medida não agrada os EUA e os salários são
congelados e a moeda é desvalorizada. Perde também apoio da UDN.
No dia 25 de agosto, após 7 meses de mandato,
ele renuncia.
v Governo
João Goulart:
Quando Jânio Quadros renuncia, João Goulart
estava em viagem oficial na China. Os ministros militares tentam impedir a
posse de Jango. Apoiado pelo governador do Rio Grande do Sul, organiza uma
força tarefa envolvendo um exército do estado para garantir a posse do vice-presidente,
o movimento se espalha pelo país e o governo garante a posse de Jango, mas em
um Regime Parlamentarista. É que o poder seria exercido, de verdade, por um
Primeiro Ministro, nesse caso, Tancredo Neves.
O Plebiscito de janeiro de 1963, a maioria da
população vota contra o parlamentarismo. Sem a figura do primeiro ministro,
Jango ganha mais poderes. Imediatamente, ele lança o projeto das Reformas de
Base, que pedia medidas para acelerar a Reforma Agrária, aumentar salários e
estabilizar a economia. O governo aprova a previdência social.
Em 13 de março de 1964, Jango discursa
prometendo colocar em prática as reformas de base.
Logo depois, acontece a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo. Uma
manifestação conservadora, que pedia a saída do presidente.
Em 31 de março, militares iniciam uma
movimentação de tropas em direção ao Rio Grande do Sul. A intenção era tomar o
poder. Jango se declara incapaz de resistir ao golpe. Inicia então, a página
negra da história, uma jornada longa, que dura 20 anos, a temida e dolorosa
Ditadura Militar.