Vargas:
do Estado Novo a 1954
Era
Vargas (1930-1945):
O governo de Vargas pode ser dividido em três
períodos:
·
Governo
Provisório (1930-1934)
·
Governo
Constitucional (1934-1945)
·
República
Democrático (1951-1954)
Tinha acabado de ocorrer a Revolução
de 30 (golpe de estado que pôs o Getúlio no poder), onde começa o Governo
Provisório, que vai de 1930 até 1934. Ao entrar no poder, o Vargas:
·
Anulou a Constituição em vigor;
·
Centralizou a política;
·
Substituiu governadores por interventores, iniciando
a Política Intervencionista.
Sem Constituição, o poder de
Vargas fica sem freios.
Quando ele assume o poder, a
economia estava desestruturada, por causa da Crise de 29.
Ele então, começa a criar medidas
importantes como:
·
Políticas trabalhistas;
·
Surgimento do corporativismo (interesse entre a
classe patronal (ricos) e a classe trabalhadora, para evitar lutas de classe);
·
Instalação da Justiça Eleitoral;
Passado um tempo, uma
insatisfação por parte dos paulistas surge em relação à Vargas, eles declaram
guerra à Vargas, a conhecida Revolução Constitucionalista de 32.
Após essa Revolução, Vargas acaba
criando a Constituição de 34. Ele, então, é eleito por voto indireto, uma
ironia, porque a Constituição prezava o voto direto.
Entramos agora no Governo
Constitucional.
Nesse período, surge duas
organizações de extrema importância:
·
AIB- Ação
Integralista Brasileira (extrema direita)- características do Fascismo.
·
ANL- Aliança
Nacional Libertadora (extrema esquerda)- ideias comunistas.
Ainda nesse período, um fato fica
bastante conhecido, um “falso” golpe de estado, aplicado por parte de Getúlio,
para instalar a Ditadura do Estado Novo (1937-1945), o Plano Cohen.
Ele cria a Constituição de 37:
·
Fecha partidos;
·
Características de um governo autoritário;
·
Centralização de poder;
·
Criação da DIP (ressaltava a imagem de “líder” de
Vargas);
·
Investimentos na economia- criação da CSN e VALE;
·
Aumento do nacionalismo econômico;
Começa a Segunda Guerra Mundial
e, de início, Vargas não se alia a nenhum dos lados, tenta se manter neutro,
pois ele dependia financeiramente dos EUA (país que fazia parte dos Aliados),
mas ele era um ditador, igual aos países do Eixo.
O EUA estava entrando na Guerra e
queria levar o Brasil junto com ele, mas Getúlio não cedia. Depois de muito
tempo de pressão dos EUA, o Brasil acaba entrando na Guerra e ao lado dos
Aliados.
A entrada do Brasil na Guerra
traz a Criação da FEB- Força Expedicionária Brasileira.
O Estado Novo começa a entrar em
decadência. Pensa bem, é um caso irônico: Vargas era um ditador, lutava ao lado
dos EUA, contra ditadores, isso fazia com que Vargas perdesse apoio. Ele também
faz voltar a ideia partidária, se antes o Brasil só tinha um partido, agora
tinha mais 4:
·
UDN- oposição
liberal à Vargas;
·
PSD- partido
dos intervencionistas (interesse da Oligarquias);
·
PTB-
presidido por Vargas;
·
PCB- lutava
contra o capitalismo
Tinham eleições marcadas para o
final de 1945. Muitos trabalhadores associavam os direitos que eles tinham
adquirido à figura de Vargas, ou seja, eles achavam que se Vargas saísse do
poder, eles iriam perder tudo, isso fez com que surgissem Movimentos
Queremistas (queriam o Vargas no poder).
Mas as pressões da oposição
estavam muito grande e os militares interviram e aplicaram um golpe que tirou
Vargas do poder.
Inicia a República Democrática,
com eleições em 1945 que elege o Eurico Gaspar Dutra (1946-1950), esse período
fica conhecido como a Redemocratização do país.
·
Cria a Constituição de 46;
·
Fecha o PCB;
·
Anistia os políticos presos;
·
Abaixa as taxas alfandegárias para produtos
americanos;
·
Aumenta a importação, iniciando um processo de
inflação;
·
Tentativa frustrada do Plano SALTE.
O governo de Dutra foi bastante
calmo.
As eleições se aproximam e quem é
eleito? O Getúlio Vargas, e como ele mesmo falou, “Pelos braços do povo”. Ele
governa de 1951 até 1954.
Vargas, agora, é um presidente
democrático, não tem mais a DIP. Sofre uma oposição por parte dos jornalistas.
Até que surge uma grande dúvida: qual será o modelo de Vargas? A dúvida
permanece.
Os EUA continuam “bajulando” o
governo de Vargas, pois ainda têm interesses nas riquezas, como o petróleo. Todavia,
surge o “Grande divisor de águas”, a criação da Petrobras, com capital 100%
nacional, sem nenhum centavo dos EUA, e então, a oposição se fortalece.
Politicamente Vargas fica
bastante isolado, porque a imprensa o bombardeia, os empresários também, a UDN,
Carlos Lacerda, todo mundo resolve bombardear o Vargas. Começa a se formar um
cerco em volta do Getúlio, no mesmo momento em que a inflação corrói o salário
do trabalhador. Vargas e Jango (João Goulart), resolvem aumentar o salário
mínimo em 100%, causando mais insatisfação por parte dos empresários.
Um fato estranho acontece. O
atentado na Rua Torneleiros. O segurança pessoal de Getúlio Vargas encomenda a
morte de Carlos Lacerda. O atentado é frustrado, quem acaba morrendo é o Rubens
Vaz, mas o Carlos Lacerda recebe apenas um tiro no pé. Isso só torna a situação
cada vez mais insustentável para Vargas, porque todo mundo começa a se voltar
para ele, e começa a vê-lo como assassino.
Tudo vira uma bola de neve, a
crise financeira, tudo, leva a uma atitude radical por parte do presidente, que
em 24 de agosto de 1954, atira contra o próprio peito e deixa uma Carta
Testamento. Ele acaba saindo da Vida para entrar na História.
Opa, galera. Um pouco de Era Vargas para vocês, espero que gostem. Na próxima quarta eu postarei o "50 em 5" desse assunto. Bjão
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