Opa galera! O pós-Ditadura Militar é bem intenso. Começamos com a
morte de Tancredo, a apreensão popular que logo é acalmada com a entrada de
Sarney no poder. Um pouco dessa parte de Redemocratização da história
brasileira está aqui. Qualquer dúvida, sugestão podem deixar nos comentários ou
nas minhas redes sociais. Bons estudos e beijão.
Redemocratização do Brasil:
Ø José Sarney (1985-1990):
Sarney chega ao poder com desconfiança de
parte de vários setores, por ser ex-aliado do Regime Militar, era integrante da
Arena. Porém, para acalmar os ânimos, ele logo anuncia que não irá assinar
nenhum decreto-lei.
Entre as primeiras medidas governamentais estão:
·
Volta das eleições diretas para presidentes;
·
Voto concedido aos analfabetos;
·
Liberdade de criação de partidos
(pluripartidarismo);
Sarney chega ao poder com uma
grande crise econômica, gerada no governo militar. Em março de 1986, ele lança
o Plano Cruzado:
·
Oficializando uma nova moeda: do cruzeiro passou
para o cruzado;
·
Congelou preços;
·
Congelou dinheiro no banco;
·
Deu aumento salarial de 8%
No início, os resultados deram
certo, mas em fevereiro de 1987, a inflação atingiu mais de 300% ao ano. O
governo promoveu novos planos para conter a crise, mas todos sem sucesso.
No fim do mandato, a inflação
chega a mais de 1700% ao ano.
Em 1988, Sarney convoca uma nova
Constituição, a Constituição de 1988, que vigora até os dias atuais e é
considerada a Constituição Democrática.
Ele deixa a presidência em março
de 1990.
Ø Fernando Collor de Mello (1990-1992):
Em 1989, o Brasil tem sua 1º Eleição Direta
para presidente. Candidatos fortes disputam a presidência brasileira, entre
eles: Ulisses Guimarães, Leonel Brizola,
Lula, Paulo Maluf, Collor e outras figuras importantes da política
brasileira.
Durante a campanha, Collor afirma lutar
contra à corrupção e a favor dos “Descamisados”, que era como ele se referia
aos pobres. Recebeu apoio de latifundiários, banqueiros e de uma parte dos
trabalhadores.
O programa Neoliberal do governo de Collor previa:
·
Privatização de empresas estatais;
·
Abertura econômica para o capital estrangeiro;
·
Congelamento de preços e salários para conter a
inflação.
Em 1992, o presidente, sua esposa
e alguns membros do Congresso Nacional sofrem denúncias de corrupção. Um
esquema comandado por Paulo César Farias (PC Farias), empresário e tesoureiro
da campanha presidencial. Com isso, a popularidade de Collor é gravemente
ferida. Ele perde apoio parlamentar e o Congresso é pressionado a instalar uma
comissão para investigar as denúncias, a CPI conclui que houve envolvimento do
presidente no Esquema PC. A população se mobilizou e foi às ruas para
pressionar o Congresso e pedir o impeachment
de Collor. Foram os “Caras-pintadas” com o grito “Fora Collor, já” nas ruas
do Brasil.
Em 29 de setembro de 1992, o
Congresso Nacional decide o impeachment
de Fernando Collor de Mello, porém em 30 de dezembro o Collor renuncia, anistiando-se,
assim, das investigações e do impeachment.
Ø Itamar Franco (1992-1995):
O
vice-presidente Itamar Franco, chega ao poder quando Collor renuncia, e chega
em clima de tensão, pois o Brasil passou por algo novo, um impeachment. A população pediu a saída de alguém que eles mesmos
colocaram no poder, ou seja, estava todo mundo muito tenso.
Itamar começou
a governar com um firme discurso defendendo a manutenção da democracia e o
combate à corrupção.
Em abril, ele
convocou um plebiscito para que a população pudesse votar na forma de governo
que o Brasil deveria seguir e o Presidencialismo ganha. Retrocedendo... Em
janeiro desse mesmo ano, um ministro havia se reunido com líderes de 19
partidos, com a proposta de um Pacto de Cooperação para o combate contra à
crise econômica. Itamar, então, tem que nomear alguém como Ministro da Fazenda
e ele nomeia Fernando Henrique Cardoso (FHC), como ministro da fazenda. FHC
propõe uma reforma no Estado para combater a inflação, que fica conhecida como
Plano Real, que pedia:
·
Redução de gastos
públicos;
·
Privatização de
empresas.
Em
julho de 1993, o governa decreta o corte de 3 zeros na moeda, que passa a se
chamar de Real. O Real chega ao mercado cheio de prestígio, valendo exatamente
um dólar.
Ø Fernando
Henrique Cardoso (1995-2003):
Nas eleições
para presidente de 1994, FHC, ministro da fazenda, deixa seu cargo para lançar
sua candidatura, pelo PSDB. Seu principal adversário é o Lula. Porém, ele saiu
vitorioso das eleições e entre suas primeiras medidas estão:
·
Estabilização e
adequação da economia;
·
Novas regras de
mercado.
Ele
tinha lançado o Plano Real, agora combate à inflação e pede equilíbrio das
contas públicas e isso convoca a Reforma Administrativa e Previdenciária.
Em
1996, o governo FHC é marcado pela aprovação das Leis de Diretrizes e Bases
(LDB).
FHC
conduz o maior programa de privatização da história, principalmente nos setores
de energia, siderurgia e telecomunicação.
Antes
do fim de seu mandato, Fernando Henrique Cardoso e o congresso aprova a Emenda
de Reeleição. Ele sai candidato nas eleições de 1998 e ganha.
Nesse
2º mandato a taxa de desemprego aumenta e a inflação volta a ameaçar. FHC
intensifica sua relação com o FMI, fazendo empréstimos e aumentando a
dependência econômica brasileira. A partir de 1998, o FMI começa a exigir que o
Brasil controle os gastos públicos e aumente a produção. O presidente responde
aprovando a Lei de Responsabilidade Fiscal e tenta aumentar as exportações.
Depois
de 8 anos no poder, a distribuição de rendas estava desigual.
Ele
deixa o mandato em no início de 2003.
Ø Luiz Inácio
Lula da Silva (2003-2011):
Depois de três
tentativas frustradas, chega ao poder, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na campanha, o
ex-sindicalista do PT se afasta da imagem de esquerda radical e faz aliança com
alguns investidores internacionais. Mas o governo Lula mantém a instabilidade
econômica do país, porém, ele consegue abater 168 milhões de reais da dívida
externa.
Desde o começo,
Lula anuncia um forte investimento em programas sociais, como o “Fome Zero”,
que buscava acabar com a fome no Brasil. Em 2004, o governo lança o “Bolsa
Família”, programa de transferência de renda para famílias que se encontram em
estado de extrema pobreza.
Em 2005,
diversas denúncias de um escândalo que fica conhecido como “O Mensalão”, abala
o governo Lula.
Em 2006, Lula
foi reeleito. A principal medida do novo mandato é o Programa de Aceleração do
Crescimento, que traz um enorme investimento em:
·
Melhorias na
estrada;
·
Criação de ferrovia,
portos;
·
Construção de
hidroelétricas;
·
Tratamento de
esgotos;
·
Coleta de lixo.
Em
2008, uma grava crise econômica, que tem origem nos Estados Unidos, acaba
afetando o mundo. De início, o Brasil parece sair ileso, entretanto, em poucos
meses a taxa de desemprego sobe e o PIB brasileiro cai. O governo incentiva
empresas privadas, reduzindo impostos e contornando a crise.
Lula
termina o mandato com uma alta popularidade e apoia a eleição de Dilma.
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