Þ Crise
da Idade Média (do Feudalismo)- século XI ao XV.
Com um tempo, àquelas invasões que, antes,
eram constantes, acabam tornando-se menos frequentes. Com a diminuição de
invasões, consequentemente, diminuição de conflitos, a população começa a
crescer consideravelmente.
Com a população muito grande e o fato de
terras (feudos) serem herdadas, isto é, passadas de pai para filho, chegou um
momento em que não tinha mais terra para dividir com todos. E então, muitos
nobres empobreceram e tiveram que sair dos feudos em direção as fortificações
que estavam crescendo e tornando-se Burgos. A partir daí, surge o Burguês
(pessoa que mora em um Burgo). Posteriormente, o conjunto de burgueses recebe o
nome de burguesia. Um burguês, apesar de ser um nobre pobre, não tinha
prestígio. Tinha dinheiro, pois, a maioria, tornou-se pequenos comerciantes;
mas não tinham prestígio na sociedade.
Como tinha muita gente indo par as cidades
(Burgos), ocorreu um processo de Urbanização, consequentemente, um Êxodo Rural.
As cidades estavam crescendo tanto que as
pessoas que nelas viviam passaram a pagar impostos. E pelo fato de muitos
Burgos ainda pertencerem a feudos, estes, tinham que pagar impostos aos
Senhores Feudais.
Alguns Burgos conseguiram a independência,
por meio da Carta de Franquia.
O crescimento das cidades faz com que haja
novas necessidades e acaba criando uma certa dependência de diversos
prestadores de serviços. Surge, então, os artesãos. Que começam a ser bastante
solicitados. Um grande artesão recebe o nome de Mestre de Ofício. Os Mestres de Ofícios têm seus Aprendizes e seus Jornaleiros.
Ø Estratificação social das
Cidades (Burgos)- século XIV:
1- Mestre de
ofício;
2- Jornaleiros;
3- Aprendizes.
A primeira crise do século XIV é a Fome, mas não é só ela.
v Peste Negra (Peste Bubônica)-
1347-1352:
Era uma bactéria que se alojava na pulga, que
se alojava nos ratos, que ficavam nos fundos dos navios comerciais. Trazida da
Ásia, quando chega na Europa, começando pela Itália, começa a destruir grande
parte da população. Durou cinco anos e neste tempo, 1/3 da população morreu.
Além dos danos materiais, como as inúmeras
mortes; tinham os danos psicológicos. Estava todo mundo muito abalado e a
Igreja, que seria a “responsável” por confortar a grande maioria, acabou
virando as costas para todo mundo. O povo, então, começou a questionar a
Igreja.
v As Jaqueries:
Além de tudo isso, muitas revoltas começaram
a surgir. Principalmente na Inglaterra e na França.
Na França, teve, por exemplo, as Jaqueries.
Que eram revoltas camponesas e estavam acontecendo frequentemente.
v A Guerra dos Cem Anos
(1337-1453):
O caos estava instalado. Europeu já tinham
enfrentado fome, Peste e revoltas. Só faltava estourar uma Guerra.
Foi uma guerra tão longa que precisou ser
divida em 3 fases:
Na 1º fase, a
Inglaterra atacou a França porque tinha interesse no Norte Francês e o rei da
Inglaterra, Eduardo III, também queria governar a França. Mas, por ser
descendente de uma linhagem feminina, não pôde assumir. Insatisfeito, resolveu
invadir Flandres. Então, de 1337 até 1360, só ocorriam ataques ingleses.
Saturada, a França propôs um acordo: “todas
as terras que vocês já dominaram, que é quase metade do território, todas são
suas. Mas admita que eu, Felipe IV, da Dinastia de Valois, sou o rei.” O acordo não deu muito certo.
Até 1360, a Inglaterra atacou muito bem.
Na 2º fase da guerra
a poeira abaixou um pouco. Um ou outra vitória francesa e nada mais. Quando
chega em 1400, eles decidem dar uma trégua de 20 anos.
E em 1420, inicia-se a 3º fase. A
partir daí a França dá a volta por cima. E ainda contam com a ajuda de uma
grande heroína: Joana D’arc. A
partir de Orleans, ela ajuda vários franceses e conseguem retomar terras. Ela
morre queimada.
Em 1453, os franceses conseguem expulsar os
ingleses e a guerra termina.
Obs.: O ano do fim da Guerra dos Cem Anos
é o mesmo ano do Fim da Idade Média. Associe um fato a outro. (1453).
A Guerra
dos Cem Anos, como todas as outras, gera consequências, entre as principais
podemos citar:
·
Crise econômica- muito
tempo de guerra requer muito investimento, o que acabou quebrando a economia
dos participantes;
·
Nobres empobrecidos- naquela
época, os próprios nobres que bancavam a guerra;
·
Atraso da Inglaterra e França na Expansão
Marítima.
v Formação dos Estados Modernos
(Monarquias Nacionais):
Ø Península
Ibérica:
Era formada por quatro
reinos: Leão, Castela, Navarra e Aragão.
A porção Sul da
Península tinha sido ocupada pelos “Mouros”- muçulmanos. Os quatro reinos da
Península queriam expulsar os Mouros e, na Guerra de Reconquista, Dom Afonso e
o Rei Henrique de Borgonha, juntos, os expulsaram.
A primeira Monarquia
centralizada a surgir foi a de Portugal.
® Portugal:
O Rei Afonso I (Rei de
Leão) convocou o Rei Henrique de Borgonha para juntos expulsarem os muçulmanos.
Henrique de Borgonha o auxiliou e em troca, o Rei Afonso, pela prática de
Suserania e Vassalagem, deu a ele o domínio do Condado Portucalense e a mão de
sua filha.
Tempos depois, Henrique
de Borgonha, casado com a filha de Dom Afonso, tem um filho e dão a ele o nome
de Afonso Henriques.
Dom Afonso Henriques,
em 1139, rompe o laço de Suserania e Vassalagem, ocasionando a Independência e
tornando-se o primeiro rei de Portugal. Ele deu independência pois, passaria a
receber impostos que, outrora, era dado aos senhores feudais.
Com a morte de Dom
Fernando (último Rei da Dinastia de Borgonha) inicia-se uma luta pelo trono
português.
De um lado, a Burguesia
pedia a continuidade da Independência, liderados por João, mestre da
cidade de Avis. E de outro, a Nobreza, que pedia volta do laço de
Suserania e Vassalagem.
João de Avis acabou
vencendo, derrubando, assim, a Dinastia de Borgonha e centralizando o poder, em
um momento em que ficou conhecido como Revolução
de Avis. Pois, ascendeu a Dinastia de Avis.
Tempos depois, o
infante Dom Henrique, criou a Escola de Sagres, que apresentou ao povo
conhecimentos náuticos. Isso, mais tarde, contribuiu para o pioneirismo
português nas grandes navegações.
Resumindo, Portugal
tinha diversos fatores que contribuíam para seu pioneirismo nas navegações,
entre eles podemos citar:
·
1º Monarquia centralizada;
·
Arrecadação de impostos;
·
Pacifismo interno;
·
Posição geográfica favorável;
·
Dinastia burguesa (Revolução de Avis);
·
Escola de Sagres.
® Espanha:
Portugal já era uma
Monarquia Centralizada.
Mas ainda existiam dois
reinos: Castela e Aragão. Que, após o casamento entre Isabel de Castela e
Fernando de Aragão, em 1469, fez surgir a Monarquia da Espanha.
Passado algum tempo, em
1492, conseguem expulsar os Mouros que estavam na região de Granada.
® Inglaterra:
Nas
Ilhas Britânicas, em meados do século XI, haviam 4 reinos: Escócia, País de
Gales, Irlanda e Bretanha.
Em
1066, Guilherme, o Conquistador invade e conquista a Bretanha
(Inglaterra).
Em
1154, um nobre francês, Henrique Plantageneta, parente de Guilherme,
herdou a coroa do reino da Inglaterra, passando a chamar-se de Henrique II (1154-1189).
A partir daí, centraliza-se o poder na Inglaterra.
o
Ricardo,
Coração de Leão (1189-1199):
Sucessor e filho de Henrique II,
liderou a 3º Cruzada e lutou na Europa para manter seus domínios nas Ilhas
Britânicas.
Por ter passado um tempo ausente, a
autoridade real enfraqueceu e os senhores feudais fortaleceram-se.
o
Rei
Henrique VII:
Um dos responsáveis pela centralização
monárquica na Inglaterra.
A vitória dos Lancaster na Guerra das
Duas Rosas garantiu o estabelecimento na Monarquia Inglesa.
o
João
Sem-Terra (1199-1216)
Um governo marcado por altos impostos e
derrotas em guerras.
Foi obrigado pela nobreza inglesa a
assinar a Magna Carta, em 1215. Este
documento limitava a autoridade do rei. O rei só poderia criar impostos depois
de ouvir o Grande Conselho, formado por bispos, condes e barões.
o
Henrique
III (1216-1272)
Filho e sucessor de João Sem-Terra.
Enfrentou oposição popular e da
nobreza.
Um nobre, Simon de Montfort, liderou
uma revolta aristocrata e para conseguir adesão popular, convocou um Grande
Parlamento.
o
Eduardo
I (1272-1307)
Oficializou a existência do Parlamento.
Em 1350, o Parlamento foi dividido em
duas câmaras:
1-
Câmara
dos Lordes- formada por
nobres e pelo clero;
2-
Câmara
dos Comuns- formada
por cavaleiros e burgueses.
¨ A Monarquia:
Na Inglaterra, o rei teve seu poder
restringido pela Magna Carta e pelo Parlamento.
Comandada pelo rei, conforme os limites
impostos pelo Parlamento, a Inglaterra se tornaria líder dos países mais
poderosos da Europa, a partir do século XVI. Até hoje, a Inglaterra é uma
Monarquia Parlamentarista.
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