segunda-feira, 25 de julho de 2016

Revisão de História- Crise da Idade Média (Peste Negra, Guerra dos 100 Anos e Formação dos Estados Modernos)

Oi meus amores, tudo bem? Para finalizar Idade Média, trago o último post. A Crise, a Decadência. Está bem completo e se estende até a formação dos Estados Independentes, formação das Monarquias Nacionais. Falta a formação da França, mas trarei quando formos conversar sobre Absolutismo. Espero que gostem e que seja útil. Qualquer dúvida sabem onde me encontrar. Bons estudos e beijão.

Þ    Crise da Idade Média (do Feudalismo)- século XI ao XV.
Com um tempo, àquelas invasões que, antes, eram constantes, acabam tornando-se menos frequentes. Com a diminuição de invasões, consequentemente, diminuição de conflitos, a população começa a crescer consideravelmente.
Com a população muito grande e o fato de terras (feudos) serem herdadas, isto é, passadas de pai para filho, chegou um momento em que não tinha mais terra para dividir com todos. E então, muitos nobres empobreceram e tiveram que sair dos feudos em direção as fortificações que estavam crescendo e tornando-se Burgos. A partir daí, surge o Burguês (pessoa que mora em um Burgo). Posteriormente, o conjunto de burgueses recebe o nome de burguesia. Um burguês, apesar de ser um nobre pobre, não tinha prestígio. Tinha dinheiro, pois, a maioria, tornou-se pequenos comerciantes; mas não tinham prestígio na sociedade.
Como tinha muita gente indo par as cidades (Burgos), ocorreu um processo de Urbanização, consequentemente, um Êxodo Rural.
As cidades estavam crescendo tanto que as pessoas que nelas viviam passaram a pagar impostos. E pelo fato de muitos Burgos ainda pertencerem a feudos, estes, tinham que pagar impostos aos Senhores Feudais.
Alguns Burgos conseguiram a independência, por meio da Carta de Franquia.
O crescimento das cidades faz com que haja novas necessidades e acaba criando uma certa dependência de diversos prestadores de serviços. Surge, então, os artesãos. Que começam a ser bastante solicitados. Um grande artesão recebe o nome de Mestre de Ofício. Os Mestres de Ofícios têm seus Aprendizes e seus Jornaleiros.
Ø  Estratificação social das Cidades (Burgos)- século XIV:
1- Mestre de ofício;
2- Jornaleiros;
3- Aprendizes.
A primeira crise do século XIV é a Fome, mas não é só ela.
v  Peste Negra (Peste Bubônica)- 1347-1352:
Era uma bactéria que se alojava na pulga, que se alojava nos ratos, que ficavam nos fundos dos navios comerciais. Trazida da Ásia, quando chega na Europa, começando pela Itália, começa a destruir grande parte da população. Durou cinco anos e neste tempo, 1/3 da população morreu.
Além dos danos materiais, como as inúmeras mortes; tinham os danos psicológicos. Estava todo mundo muito abalado e a Igreja, que seria a “responsável” por confortar a grande maioria, acabou virando as costas para todo mundo. O povo, então, começou a questionar a Igreja.

v  As Jaqueries:
Além de tudo isso, muitas revoltas começaram a surgir. Principalmente na Inglaterra e na França.
Na França, teve, por exemplo, as Jaqueries. Que eram revoltas camponesas e estavam acontecendo frequentemente.

v  A Guerra dos Cem Anos (1337-1453):
O caos estava instalado. Europeu já tinham enfrentado fome, Peste e revoltas. Só faltava estourar uma Guerra.
Foi uma guerra tão longa que precisou ser divida em 3 fases:
Na 1º fase, a Inglaterra atacou a França porque tinha interesse no Norte Francês e o rei da Inglaterra, Eduardo III, também queria governar a França. Mas, por ser descendente de uma linhagem feminina, não pôde assumir. Insatisfeito, resolveu invadir Flandres. Então, de 1337 até 1360, só ocorriam ataques ingleses. Saturada, a França propôs um acordo: “todas as terras que vocês já dominaram, que é quase metade do território, todas são suas. Mas admita que eu, Felipe IV, da Dinastia de Valois, sou o rei.”  O acordo não deu muito certo.
Até 1360, a Inglaterra atacou muito bem.
Na 2º fase da guerra a poeira abaixou um pouco. Um ou outra vitória francesa e nada mais. Quando chega em 1400, eles decidem dar uma trégua de 20 anos.
E em 1420, inicia-se a 3º fase. A partir daí a França dá a volta por cima. E ainda contam com a ajuda de uma grande heroína: Joana D’arc. A partir de Orleans, ela ajuda vários franceses e conseguem retomar terras. Ela morre queimada.
Em 1453, os franceses conseguem expulsar os ingleses e a guerra termina.
Obs.: O ano do fim da Guerra dos Cem Anos é o mesmo ano do Fim da Idade Média. Associe um fato a outro. (1453).

A Guerra dos Cem Anos, como todas as outras, gera consequências, entre as principais podemos citar:
·         Crise econômica- muito tempo de guerra requer muito investimento, o que acabou quebrando a economia dos participantes;
·         Nobres empobrecidos- naquela época, os próprios nobres que bancavam a guerra;
·         Atraso da Inglaterra e França na Expansão Marítima.

v  Formação dos Estados Modernos (Monarquias Nacionais):
Ø  Península Ibérica:
Era formada por quatro reinos: Leão, Castela, Navarra e Aragão.
A porção Sul da Península tinha sido ocupada pelos “Mouros”- muçulmanos. Os quatro reinos da Península queriam expulsar os Mouros e, na Guerra de Reconquista, Dom Afonso e o Rei Henrique de Borgonha, juntos, os expulsaram.
A primeira Monarquia centralizada a surgir foi a de Portugal.
®    Portugal:
O Rei Afonso I (Rei de Leão) convocou o Rei Henrique de Borgonha para juntos expulsarem os muçulmanos. Henrique de Borgonha o auxiliou e em troca, o Rei Afonso, pela prática de Suserania e Vassalagem, deu a ele o domínio do Condado Portucalense e a mão de sua filha.
Tempos depois, Henrique de Borgonha, casado com a filha de Dom Afonso, tem um filho e dão a ele o nome de Afonso Henriques.
Dom Afonso Henriques, em 1139, rompe o laço de Suserania e Vassalagem, ocasionando a Independência e tornando-se o primeiro rei de Portugal. Ele deu independência pois, passaria a receber impostos que, outrora, era dado aos senhores feudais.
Com a morte de Dom Fernando (último Rei da Dinastia de Borgonha) inicia-se uma luta pelo trono português.
De um lado, a Burguesia pedia a continuidade da Independência, liderados por João, mestre da cidade de Avis. E de outro, a Nobreza, que pedia volta do laço de Suserania e Vassalagem.
João de Avis acabou vencendo, derrubando, assim, a Dinastia de Borgonha e centralizando o poder, em um momento em que ficou conhecido como Revolução de Avis. Pois, ascendeu a Dinastia de Avis.
Tempos depois, o infante Dom Henrique, criou a Escola de Sagres, que apresentou ao povo conhecimentos náuticos. Isso, mais tarde, contribuiu para o pioneirismo português nas grandes navegações.
Resumindo, Portugal tinha diversos fatores que contribuíam para seu pioneirismo nas navegações, entre eles podemos citar:
·         1º Monarquia centralizada;
·         Arrecadação de impostos;
·         Pacifismo interno;
·         Posição geográfica favorável;
·         Dinastia burguesa (Revolução de Avis);
·         Escola de Sagres.

®    Espanha:
Portugal já era uma Monarquia Centralizada.
Mas ainda existiam dois reinos: Castela e Aragão. Que, após o casamento entre Isabel de Castela e Fernando de Aragão, em 1469, fez surgir a Monarquia da Espanha.
Passado algum tempo, em 1492, conseguem expulsar os Mouros que estavam na região de Granada.

®    Inglaterra:
Nas Ilhas Britânicas, em meados do século XI, haviam 4 reinos: Escócia, País de Gales, Irlanda e Bretanha.
Em 1066, Guilherme, o Conquistador invade e conquista a Bretanha (Inglaterra).
Em 1154, um nobre francês, Henrique Plantageneta, parente de Guilherme, herdou a coroa do reino da Inglaterra, passando a chamar-se de Henrique II (1154-1189). A partir daí, centraliza-se o poder na Inglaterra.

o   Ricardo, Coração de Leão (1189-1199):
Sucessor e filho de Henrique II, liderou a 3º Cruzada e lutou na Europa para manter seus domínios nas Ilhas Britânicas.
Por ter passado um tempo ausente, a autoridade real enfraqueceu e os senhores feudais fortaleceram-se.
o   Rei Henrique VII:
Um dos responsáveis pela centralização monárquica na Inglaterra.
A vitória dos Lancaster na Guerra das Duas Rosas garantiu o estabelecimento na Monarquia Inglesa.
o   João Sem-Terra (1199-1216)
Um governo marcado por altos impostos e derrotas em guerras.
Foi obrigado pela nobreza inglesa a assinar a Magna Carta, em 1215. Este documento limitava a autoridade do rei. O rei só poderia criar impostos depois de ouvir o Grande Conselho, formado por bispos, condes e barões.
o   Henrique III (1216-1272)
Filho e sucessor de João Sem-Terra.
Enfrentou oposição popular e da nobreza.
Um nobre, Simon de Montfort, liderou uma revolta aristocrata e para conseguir adesão popular, convocou um Grande Parlamento.
o   Eduardo I (1272-1307)
Oficializou a existência do Parlamento.
Em 1350, o Parlamento foi dividido em duas câmaras:
1-    Câmara dos Lordes- formada por nobres e pelo clero;
2-   Câmara dos Comuns- formada por cavaleiros e burgueses.
¨      A Monarquia:
Na Inglaterra, o rei teve seu poder restringido pela Magna Carta e pelo Parlamento.

Comandada pelo rei, conforme os limites impostos pelo Parlamento, a Inglaterra se tornaria líder dos países mais poderosos da Europa, a partir do século XVI. Até hoje, a Inglaterra é uma Monarquia Parlamentarista. 

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