sábado, 27 de agosto de 2016

Revisão de História- Revolução Francesa- ENEM 2016

Oi meus amores, tudo bem? Hoje, trouxe mais um assunto que é recorrente no ENEM e em Vestibulares. Espero que consiga ajudar e que vocês gostem. Qualquer dúvida podem deixar aqui ou nas minhas outras redes sociais. No mais, bons estudos e beijão.

®    Revolução Francesa (1789-1799):
Foi o maior evento que buscava o rompimento do Antigo Regime europeu. Diferentemente da Revolução Inglesa, se expandiu para o resto do mundo, propagando ideais Liberais e Iluministas.
Obs.: Iluminismo foi um movimento filosófico, social, político e cultural que defendia a razão como o melhor caminho para alcançar a liberdade.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Alguns pensadores Iluministas são:
-John Locke- considerado o “pai do Iluminismo”;
-Voltaire;
-Montesquieu;
-Rousseau.
Foi o marco da passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. 

Ø  Antecedentes:
Se pararmos um pouco, veremos que uma palavra que resume exatamente o que a França estava passando é: “crise”.
A França estava passando por uma crise agrária, consequentemente, os preços dos produtos acabaram aumentando.
Junto a isso, a taxa de desemprego só aumentava.
Ou seja, a França estava passando por problemas econômicos, sociais e vivendo um regime absolutista (sociedade estamental).
Era uma crise socioeconômica que leva a uma crise política, na qual a corte é contestada e Luís XVI sofre pressão constante.
·         Crise econômica- França tinha acabado de perder uma guerra contra a Inglaterra (Guerra dos Sete Anos), além de ter mandado parte de seus soldados para lutar na Guerra de Independência dos Estados Unidos.
·         Crise social- Corte Perdulária: a Nobreza e o Clero não pagavam impostos, ou seja, o povo sustentava toda a sociedade francesa, pagava altos impostos para bancar a vida luxuosa de festas e bailes da corte francesa. O povo, cansado das desigualdades sociais, começou a ser fortemente influenciado pelos ideais Iluministas.

Ø  O Contexto da Revolução:
Vendo todos os problemas que a França enfrentava, o rei, pressionado pelo 1º e 2º estado, convocou os Estados Gerais para discutirem a situação e para direcionamento das escolhas.
Obs.: A sociedade na França era dividida em três Estados, chamados de Estados Gerais.
                              

I-             Clero (1º Estado);
II-           Nobreza (2º Estado);
III-         Povo + Sans Culottes (3º Estado).
Porém, o povo representava uma ameaça à soberania do rei, e então, o rei acabou dissolvendo os Estados Gerais. Contudo, os representantes do 3º Estado uniram-se e formaram a Assembleia Nacional, que tempo depois ficou conhecida como Assembleia Constituinte e tinha como objetivo a criação de uma Constituição.
Com toda a movimentação no espaço urbano, o campo acabou ficando à margem de toda a situação. Estoura então, um período chamado de “O Grande Medo”, que durou mais ou menos um mês; foi um momento em que os camponeses se revoltaram, atacando propriedades, matando nobres.
Passado isso, a Assembleia queria retornar com a ordem social que tinha, então acabaram aprovando muitas leis; como por exemplo: tiraram os impostos senhoriais (herança feudal), confiscaram bens da Igreja e foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (documento contra a sociedade do Antigo Regime, inspirada nos ideais liberais e iluministas, pregava a divisão dos poderes, liberdades individuais, o direito a propriedade privada), também foi aprovada a Constituição Civil do Clero (que começou a separar o Estado e a Igreja, tirar os privilégios fiscais da nobreza).
Assim, a França estava caminhando para se tornar uma Monarquia Constitucional. Consequentemente, o Rei não estava nem um pouco satisfeito com a situação, já que estava, também, perdendo poderes.
Foi aprovada, então, a Constituição de 1791, que transformou a França numa Monarquia Constitucional, oficializando a divisão de poderes, propriedade privada.
Contudo, ameaças estrangeiras começaram a rondar a França. Prússia e Áustria ameaçavam a França e faziam surgir uma eminência de guerra. Os Jacobinos queriam expandir os ideais da Revolução, mas Robespierre (líder dos Jacobinos) não concordou. Mesmo assim, a França acabou vencendo. –Batalha de Walmy.
O povo começou a perceber que o rei estava “traindo” a França. Se antes este já era uma figura simbólica, acabou ficando de lado. Para fortificar a ideia de que ele era um traidor, ainda tentou fugir da França, mas não conseguiu e acabou sendo preso e tempos depois, condenado e morto, juntamente com sua esposa.
Na Assembleia, os grupos começaram a se dividir entre Girondinos (direita do Rei) e Jacobinos (esquerda do Rei).

Inicia-se então, o Período da Convenção, governado pelos Girondinos. Porém os Girondinos acabaram perdendo o poder para os Jacobinos e quando estes chegaram ao poder aprovaram a Constituição de 1793, que instaurou o voto universal, o direito ao trabalho, ensino público gratuito, tiraram a escravidão das colônias francesas e impuseram a Lei do Máximo. A partir daí, iniciou-se o Período do Terror, que foi o maior momento de repressão e morte, mas também o maior momento de conquistas populares. Ficou assim conhecido porque o método dos Jacobinos de acabar com as pessoas contrárias a Revolução era guilhotinando-as. Então foi um momento de muita violência, mortes... Em decorrência a isso, eles acabaram perdendo poder, Robespierre perdendo apoio político. Logo depois, iniciou-se o Diretório, que foi quando os Girondinos voltaram ao poder. Passado algum tempo, foram enfraquecendo, até o Golpe de 18 de Brumário, que colocou em 1799, Napoleão Bonaparte no poder, finalizando a Revolução Francesa e iniciando o Período Napoleônico.  

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