Ø Brasil: Período Regencial (1831-1840):
Com a abdicação de D. Pedro I e o embarque para Portugal, ele deixa
no Brasil seu filho, Pedro de Alcântara, como sucessor.
Os 9 anos de Período Regencial desvendam todas as mazelas da
política brasileira.
Como o país não podia ficar sem governo, uma Regência Trina Provisória assumiu o
poder.
No dia 17 de junho de 1831, a Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente e os quatros
anos que essa Regência ficou no poder foram os anos mais conturbados da
história do Brasil.
Foi um período marcado por calúnias, assassinatos e escândalos
políticos que fizeram surgir uma grande ferida entre Conservadores e Liberais.
v Regência: Trina Permanente (1831-1834):
Foi composta por José da Costa Carvalho, João Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva.
Foi composta por José da Costa Carvalho, João Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva.
Essa
Regência tentou manter um equilíbrio entre as elites do Norte e do Sul.
As
agitações na capital aumentavam e espalhavam conflitos e questionamentos pelas
províncias, aumentando a insegurança das elites.
Diogo
Antônio Feijó foi nomeado Ministro da Justiça e enfrentou com
grande violência as manifestações e, para isso, criou a Guarda Nacional.
® Ato Adicional de 1834:
Foi um
ato institucional, assinado em agosto de 1834. Modificou a Constituição
outorgada de 1824. Criou Assembleias Legislativas Provinciais e substituiu a
Regência Trina pela Regência Una.
v Regência: Antônio Feijó (1835-1837):
Foi eleito em abril de 1835 e se tornou o primeiro regente único.
Foi eleito em abril de 1835 e se tornou o primeiro regente único.
Fundou
o Partido
Progressista (Partido Liberal, mais tarde) e iniciou uma intensa
repressão as manifestações.
A
oposição fundou o Partido Conservador (Regressistas).
Feijó
foi fortemente atacado por conservadores e reagiu com um discurso defendendo a
abolição da escravatura. Os conservadores reagiram imediatamente e isso
impulsionou a renúncia de Feijó. Assim, iniciava-se o Período Regressista.
v Regência: Araújo Lima (1837-1840):
Foi
eleito em abril de 1838.
Durante
todo seu governo, as rebeliões iniciadas no governo de Feijó consumiram
dinheiro e exército do governo central. Além das duas outras rebeliões que
estouraram.
v Revoltas Regionais:
O
solo estava impróprio e não havia, nem ao menos, boas sementes a se cultivar e
tampouco quem as cultivassem. Assim sendo, o contexto era perfeito para
revoltas.
1- Cabanagem (1835-1840):
Foi
uma revolta social ocorrida na província do Grão-Pará, que contou com o apoio
de diferentes classes sociais.
A
insatisfação da população já crescia desde antes da Independência.
Os
manifestantes criticavam as péssimas condições de vida, o controle político
exercido por, maioritariamente, portugueses.
Bernardo
Lobo de Sousa assumiu a presidência da província e logo iniciou uma política
repressiva, causando um enorme descontentamento.
Em
1825, os revoltosos conquistaram Belém e mataram, em plena rua, o presidente da
província.
Passaram-se,
então, três governos cabanos, até que o regente Feijó decidiu reestabelecer a
ordem. E em 1836, enviou tropas que conseguiram esse feito.
Os
cabanos conseguiram resistir. Até a chegada de uma violenta e brutal repressão,
que controlou a situação. Assim, em 1840, a revolta foi duramente sufocada e
deixou milhares de mortos.
2- Sabinada (1837-1838):
Ocorreu na Bahia.
Ocorreu na Bahia.
Foi
uma revolta urbana – com participação das médias e baixas camadas da sociedade
– e separatista, com ideais republicanos.
Os
revoltosos queriam proclamar uma república provisória na província baiana, até
a maioridade de D. Pedro II.
Havia,
também, um grande descontentamento às opressões e imposições do governo. Além
de acharem que Salvador estava “esquecido”, com os olhares voltados para o Rio
de Janeiro. E, consequente à isso, pediam a volta da capital brasileira para
Salvador.
Foi
liderada por Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.
Em
1838, enfraquecidos, foram sufocados e a revolta teve fim. Deixando quase 10%
da população de Salvador, morta.
3- Balaiada (1838-1841):
Ocorreu
no Maranhão.
Foi
uma disputa entre democratas radicais e grandes proprietários, que levaram a
uma série de agitações.
Essas
agitações, levaram à adesão de camadas mais baixas da população. Assim, adere a
ideia o fabricante de balaios, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, que deu um
caráter mais radical à revolta.
Com
isso, democratas retiram o apoio aos rebeldes.
Em
agosto de 1839, tomaram a cidade de Caxias.
A
Regência resolveu intervir com força total. Com a ajuda de Luís Alves de Lima e
Silva, a revolta chegou ao fim.
4- Guerra dos Farrapos (1835-1845):
Estourou
no Rio Grande do Sul.
Foi
a mais duradoura e violenta revolta do Período Regencial.
Os
donos de terras do Rio Grande mantinham ideais de separatismo da região.
Mas
afinal, foi uma revolta econômica provocada pela forte concorrência na qual foi
submetido o charque gaúcho. Uma revolução separatista e republicana conduzida
por “caudilhos”.
A
província se destacava pelo comércio de animais, mais precisamente, pelo comércio
de couro e charque. Contudo, o charque gaúcho passou a concorrer com o charque
argentino e uruguaio. Assim, a população rio-grandense pedia a taxação de
impostos nos produtos estrangeiros.
O
governo recusou e isso foi o suficiente para explodir a bomba que estava acesa
há tempos.
O
conflito começou em setembro de 1835 e terminou em fevereiro de 1845, com o
‘honroso’ tratado de paz.
Teve
como um dos principais líderes Bento
Gonçalves, que, em setembro de 1835 destitui o governo provincial e declarou
independência do Rio Grande do Sul.
O
governo decidiu reprimir depressa e logo enviou mercenários comandados por John
Grenfell. Ainda assim, a revolta durou muitos anos. E foi, somente, no governo
de D. Pedro II, em 1845, que a revolução adormeceu.
5- Revolução Praieira (1848):
Eclodiu em Pernambuco, já no período do Segundo Reinado. Contudo, apresenta características semelhantes as revoltas ocorridas no Período Regencial.
Eclodiu em Pernambuco, já no período do Segundo Reinado. Contudo, apresenta características semelhantes as revoltas ocorridas no Período Regencial.
Foi
uma revolta política deflagrada pelos liberais contra os conservadores.
Os
revoltosos, liderados por Pedro Ivo Veloso da Silveira, Antônio Borges da
Fonseca e Joaquim Nunes Machado, pediam a convocação de uma Constituinte, a
nacionalização do comércio, o fim do Poder Moderador.
Em
setembro de 1848, um novo presidente, ligado ao Partido Conservador, assumiu a
presidência de Pernambuco e começou a substituir os Liberais (Praieiros) de
seus cargos.
Em
novembro do mesmo ano, sob a liderança de Liberais, um grupo de rebeldes tomou
a cidade de Igaraçu.
Em
fevereiro de 1849, os rebeldes tentaram tomar Recife mas foram rechaçados.
Após
a morte de Joaquim Nunes Machado, iniciou-se uma guerra de guerrilhas.
Em
agosto do mesmo ano, Antônio Borges foi preso e em 1850, Pedro Ivo foi
capturado.
O
movimento perdeu forças e apagou-se.
v Golpe da Maioridade:
Com
os Conservadores no poder, os Liberais passaram a apoiar a coração de D. Pedro
II, num momento que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.
De
acordo com a Constituição, Pedro de Alcântara só poderia assumir a chefia da
nação aos 18 anos. E os Liberais apresentaram diversos projetos para tentar
derrubar esse artigo constitucional.
Os
Conservadores, então, receosos de aparentarem se opor contra o Imperador,
passaram assim, a apoiar o Golpe.
Assim
sendo, em 1840, D. Pedro II chega ao poder com 14 anos.
Ø Brasil: Segundo Reinado:
Pedro
de Alcântara teve uma infância marcada pela solidão. Logo foi mergulhado nos
estudos.
“Imperador aos cinco anos, chefe
da nação aos 14, ele faria a triste figura de um menino amadurecido antes do tempo.”
O
imperador consolidou a política centralizadora de seu pai e instalou uma
espécie de parlamentarismo monárquico.
Suas
principais reformas foram:
·
Dissolução da Câmara;
·
Lei da Interpretação do Ato Adicional (1840);
·
Restituição do Conselho de Estado;
·
Reforma do Código de Processos;
·
Manutenção do Voto Censitário.
v O Reinado do Café:
Foi
introduzido no Brasil a partir da província do Pará.
A
industrialização na Europa e nos Estados Unidos proporcionou uma grande massa
consumidora de produtos exóticos.
A
cultura cafeeira, que parecia brotar no Sudeste à época da Coroação de D. Pedro
II, tornou-se a base financeira do Segundo Reinado.
Com
um tempo, essa cultura que sustentou o Segundo Reinado, propiciou a
estabilidade territorial, manteve a escravidão e gerou mudanças significativas
para a vida nacional.
“Os lucros trazidos pela lavoura
do café transformaram rapidamente o Brasil. Tudo mudou, menos o essencial: o
país continuou sendo uma sociedade agrária e escravocrata”.
v O Declínio do Imperador:
Por
volta de 1868, a paz política já começava a se afastar do imperador.
A
Guerra do Paraguai aumentou o prestígio do imperador. Mas depois do fim, tudo
começou a sair dos trilhos.
O
clamor abolicionista começou a ganhar força, assim como a fermentação
republicana.
Þ Guerra do Paraguai (1864-1870):
No
dia 11 de junho de 1865, uma das maiores batalhas navais do continente iria
começar.
A
ambição de Francisco Solano López era tornar seu país uma potência continental.
Assim, quando assumiu em 1864 tratou de apoiar a política populista e
imperialista do pai – Carlos López.
Contudo,
seus interesses bateram de frente com os do Império Brasileiro e da
recém-nascida República argentina.
Em
1864, D. Pedro II deslocou tropas brasileiras para intervir e invadir o
Uruguai.
Solano
López não se agradou com a intervenção brasileira e deixou bem clara sua
intenção de agir militarmente para manter a soberania uruguaia.
A
situação era tensa, mas em 1865, a marinha paraguaia apoiou a entrada do navio
brasileiro (Marquês de Olinda) em suas fronteiras para aprisioná-las. Com isso,
o Brasil declarou guerra ao Paraguai.
Argentina
aliou-se ao Brasil.
O
resultado foi a assinatura do tratado da Tríplice Aliança, que reunia
Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai.
A
guerra foi estendendo por muito tempo.
Em
um certo momento, a população brasileira já não aguentava mais os esforços da
guerra. As vitórias da Tríplice Aliança, em vez de fortalecer, somente
aumentavam os conflitos. E a guerra tornou-se um violento massacre.
López
não se rendeu e teve a brilhante ideia de adentrar no seu território com um
“exército” composto por crianças. Isso atraiu exércitos inimigos para uma
implacável perseguição.
López
foi encontrado morto. A Guerra do Paraguai não teve efeitos positivos.
Paraguai
ficou arrasado.
E
no Brasil, levou à Crise do Império.
Þ A Abolição:
Antes
da Princesa Isabel assinar a Lei que daria fim ao Escravismo no Brasil, outro
tanto de Leis tentaram fazer isso.
·
Lei Bill
Aberdeen (1845)- autorizava os navios ingleses de abordarem e
prenderem navios negreiros.
·
Lei
Euzébio de Queirós (1850)- proibia o tráfico negreiro no Brasil.
·
Lei do
Ventre Livre (1871)- declarava livre todos os filhos de escravos.
·
Lei dos
Sexagenários (1885)- concebia liberdade aos escravos maiores de 60
anos.
·
Lei Áurea (1888)- fim da escravidão no
Brasil.
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