quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Revisão de História- Primeiro Reinado

Oi meus amores, tudo bem? Novamente no Brasil, trouxe um pouquinho do Período Imperial para vocês. Tudo beeem completinho. Espero que gostem e que seja útil. Beijão e bons estudos.

Depois de longos anos de submissão à Corte portuguesa e muita bagunça feita, é hora de pôr tudo em seu devido lugar. Então, é isso que D. Pedro I tenta fazer por 9 anos de seu governo: arrumar a casa.
Em 1823, D. Pedro convoca a primeira Assembleia Constituinte o que gera conflitos entre três grupos da elite.
O maior dos grupos era dos Liberais Federalistas (Moderados); que pediam liberdade econômica e maior poder nas mãos dos empresários. Além de quererem descentralizar o poder do Imperador.
O grupo dos conservadores era o grupo dos Absolutistas (Partido Português); que pediam a volta de um sistema colonial ou centralização do poder na mão da Corte.
O terceiro grupo, liderado por José Bonifácio de Andrada, mantinha-se entre os outros dois grupos. Era chamado de Os Bonifácios (Partido Brasileiro) e queriam o poder centralizado e uma certa liberdade, limitada.
Entretanto, D. Pedro não simpatizava com nenhuma das ideias.
Os líderes desses grupos, apesar das divergências, decidiram instituir o voto censitário e indireto.
Contudo, iniciou-se uma série de acirrados conflitos entre os grupos e então, D. Pedro dissolveu a Constituinte em novembro de 1823, no episódio conhecido como Noite da Agonia.
Com isso, D. Pedro nomeia um Conselho de Estado e juntamente com membros do Partido Português, em março de 1824, outorga a primeira Constituição do Brasil.
A Constituição de 1824 traz consigo:
o   Divisão dos três poderes;
o   Voto para homens livres, alfabetizados, com mais de 25 anos e mais de 100 mil réis como renda anual;
o   Poder Moderador.
Agora, o país iria dançar conforme sua música. O Brasil era independente, mas vivia um absolutismo ilustrado.
D. Pedro criou, assim, a Constituição que bem entendeu, mas isso não agradou a todos.
Assim sendo, uma série de revoltas iria eclodir naquela época e tudo seria apenas um “trailer” do que viria acontecer no Período Regencial.
v  Confederação do Equador (1824):
Em Pernambuco, os Liberais ocuparam o Palácio Governamental e proclamaram a Confederação do Equador.
Foi um movimento republicano, abolicionista, urbano e popular.
Queriam o rompimento da província em relação ao governo sediado no Rio de Janeiro e a declaração de uma nação independente e republicana nos moldes estadunidenses.
Manuel de Carvalho Paes de Andrade passou um tempo exilado nos Estados Unidos e de lá voltou com ideais republicanos. Ele já tinha participado da Revolução Pernambucana de 1817.
Quando retorna para Recife, encontra uma junta para governar a província, chamada de Junta dos Matutos.
Essa junta pressionou o antigo governador da província, Francisco Paes Barreto, que acabou renunciando. Assim, a junta nomeou Paes de Andrade como novo governador provincial; mas isso não era permitido.
Dessa forma, quando D. Pedro tomou conhecimento da situação, pediu a volta de Paes Barreto. Ele tentou, porém não conseguiu o cargo de volta.
Indignado com a situação, D. Pedro espalhou o boato de que Paes de Andrade iria proclamar a República no dia 6 de março; era uma emboscada.
Paes de Andrade caiu. Negando a proclamação no dia 6 de março, mas deixando em aberto que sim, iria proclamar, mas não no dia 6. Com isso, ele acabou se afirmando republicano.
No dia 31 de março, D. Pedro ameaça o fechamento do Porto de Recife caso Paes de Andrade continuasse no poder.
E então, muita gente adere ao movimento.
Pedro de Bragança percebe que de elitista esse movimento não tem nada, é popular.
Em abril, ele propõe um apaziguamento: nem Paes de Andrade nem Paes Barreto. Uma terceira opção: José Myrink – um liberal mineiro.
Mas o problema não estava no nome que governaria Pernambuco e sim no fato de que sempre, D. Pedro queria todas as escolhas de seu jeito.
E os liberais passaram a ver essa tentativa de apaziguamento como uma franqueza do Imperador.
Assim, Paes de Andrade aproveita o momento para escrever uma carta, no dia 1º de maio de 1824. Nessa carta, encontra-se as características da Confederação:
o   Pedem uma nova Assembleia Constituinte;
o   Insatisfação com o Poder Moderador;
o   Distribuição do poder político;
o   Separatismo;
o   Abolição da escravatura.
No dia 2 de julho de 1824, Paes de Andrade proclama a Independência de Pernambuco e pede ajuda norte-americana e inglesa, que acaba não acontecendo.
Contudo, o Movimento enfraquece.
Em julho, Pernambuco sofre uma série de ataques e os líderes do Movimento são condenador. Paes de Andrade foge, mas outros líderes mais pobres, como Frei Caneca, são condenados à morte.
v  Guerra da Cisplatina (1825):
D. João havia ocupado a Região da Cisplatina e o povo não aceitou e começou a se rebelar.
A Argentina, aproveitou o momento e ocupou a região. O Brasil, então, começou a disputar com a Argentina essa região.
A disputa se estendeu de 1825 até 1828.
Depois de 3 anos de incansáveis batalhas e nenhum vencedor, a Inglaterra decide intervir e em agosto de 1828 força uma declaração de paz entre Brasil e Argentina. Ou seja, não teve um ganhador.
O custo da guerra foi muito alto e em 1829, o Banco do Brasil fecha; causando mais descontentamento na população.


v Abdicação do Monarca:
D. Pedro começa a ser “mal visto” logo ao convocar a 1º Assembleia Constituinte e outorgar o Poder Moderador. Ou seja, desde o início ele já se mostrou autoritário.
Assim, tempos depois, o povo já não vê mais Pedro de Bragança como “herói”.
Embora tenha centralizado o poder em suas mãos, sempre agiu constitucionalmente.
D. Pedro envolveu-se em crises internas e externas. Incompatibilizou-se com o Exército, o povo e a política. Viu o Brasil se endividar e Portugal rebelar-se. Declarou uma guerra desastrosa à Argentina.
O povo, recrutado à força, também passou a odiar D. Pedro e os ataques se tornaram uma espécie de esporte nacional.
Em 1831, D. Pedro I abdicou em nome do seu filho de 5 anos, D. Pedro II.

Morreu sozinho, em 1834, e sem, nem ao menos, conhecimento do povo brasileiro, envolto nas turbulências regenciais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário